terça-feira, 31 de janeiro de 2012

walter carvalho – sangue latino

bate papo do fotógrafo e cineasta walter carvalho com o jornalista e escritor eric nepomuceno



1º Festival nacional de Cinema do IFF
Inscrições par as Mostras Competitivas até 1º de Março
Inscrições para Mostras Não Competitivas abertas permanentemente


maiores informações:
artur gomes
professor da oficina cine vídeo
Curador do 1º Festival Nacional de Cinema do IFF
fulinaíma produções

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Festival Nacional de Cinema do IFF homenageia Walter Carvalho



Filmes que Walter Carvalho atuou como fotógrafo

Febre do rato (2011), de Claudio Assis. Prêmio de melhor fotografia no Festival de Paulínia 2011.
 Sonhos Roubados (2009), de Sandra Werneck
23 anos em sete segundos: o fim do jejum do Corinthians (2009), de Di Moretti
A Erva do rato (2008), de Julio Bressane
Chega de saudade (2007), de Laiz Bodanzky
Cleópatra (2007), de Julio Bressane. Prêmio de melhor fotografia no Festival de Cinema de Brasília.
O céu de Suely (2006), de Karim Aïnouz
O baixio das bestas (2006), de Cláudio Assis
Eu me lembro (2005), de Edgar Navarro
Crime delicado (2005), de Beto Brant. Prêmio de melhor fotografia no 10º Festival de Miami.
Veneno da madrugada (2005), Ruy Guerra. Prêmio de melhor fotografia no Festival de Brasília.
A máquina (2005), de João Falcão
Entreatos (2004), de João Moreira Salles
Cazuza – O tempo não pára (2004), de Sandra Werneck e Walter Carvalho
Carandiru (2003), de Hector Babenco
Filme de amor (2003), de Júlio Bressane
Madame Satã (2002), de Karim Aïnouz
Amarelo manga (2002), de Cláudio Assis
Lavoura arcaica (2001), de Luiz Fernando Carvalho. Prêmio de melhor fotografia nos festivais de Cartagena e Havana. Prêmio da Associação Brasileira de Cinematografia (ABC) e o Grande Prêmio Brasil do Cinema Brasileiro.
Amores possíveis (2001), de Sandra Werneck
Abril despedaçado (2001), de Walter Salles
O primeiro dia (2000), de Walter Salles
Villa-Lobos, uma vida de paixão (1999), de Zelito Viana
Notícias de uma guerra particular (1999), de João Moreira Salles e Kátia Lund
Central do Brasil (1998), de Walter Salles
Pequeno dicionário amoroso (1997), de Sandra Werneck
Cinema de lágrimas (1995), de Nelson Pereira dos Santos
Terra estrangeira (1995), de Walter Salles
Socorro Nobre (1995), de Walter Salles
Krajcberg, o poeta dos vestígios (1987), de Walter Salles
Jorge Amado no cinema (1979), de Glauber Rocha

Filmes que Walter Carvalho atuou como Diretor
Raul – O início, o fim e o meio (2011)
Budapeste (2009)
Moacir arte bruta (2005)
Cazuza – O tempo não pára (2004)
 Lunário perpétuo (2003)
Janela da alma (2002). Codirigido com João Jardim.



maiores informações:
artur gomes
professor da oficina cine vídeo
Curador do 1º Festival Nacional de Cinema do IFF
fulinaíma produções
            (22)9815-1266      

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

1º Festival Nacional de Cinema do IFF (Instituto Federal Fluminense de Ciência e Tecnologia)

Pérolas do Cinema Nacional


Mostra Fulinaimagem Curta IFF
De 14 a 16 de março - 2012
Campus Campos – Centro
Rua DR. Siqueira, 273 – Campos dos Goytacazes-RJ

Algumas preciosidades de Glauber Rocha, Terra em Transe, Deus e o Diabo na Terra do Sil e o Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro, além de Vidas Secas de Nelson Pereira dos Santos, Bicho de 7 Cabeças de Laís Bodanski, e de um magnífico documentário de Joaquim Pedro de Andrade sobre Manuel Bandeira, com música e voz Tom Jobim interpretando Trem de Ferro.

A primeira parte de Deus e o Diabo na Terra do Sol  já está aqui: oficina cine vídeo http://pelegrafia.blogspot.com

Inscrições para as Mostras Competitivas do o 1º Festival Nacional de Cinema do IFF até 1º de Março
Inscrições para as Mostras não competitivas, abertas permanentemente na Oficina Cine Vídeo


1° Festival Nacional de Cinema do IFF
(Instituto Federal Fluminense de Educação, Ciência e Tecnologia)

um múltiplo olhar sobre tudo o que é arte. vídeo.arte, vídeo.teatro, vídeo.vida, vídeo.cultura, vídeo.clipe, vídeo.poesia, uma viagem por estradas sem fronteiras inter-vias festival de cinema do IFF imagens para o além-mar da menina dos olhos de quem olha e aprende a v(l)er.

no link abaixo Regulamento e Ficha de Inscrição

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

pérolas da música popular brasileira



Construção

 

Chico Buarque


Amou daquela vez como se fosse a última
Beijou sua mulher como se fosse a última
E cada filho seu como se fosse o único
E atravessou a rua com seu passo tímido
Subiu a construção como se fosse máquina
Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
Tijolo com tijolo num desenho mágico
Seus olhos embotados de cimento e lágrima
Sentou pra descansar como se fosse sábado
Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe
Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago
Dançou e gargalhou como se ouvisse música
E tropeçou no céu como se fosse um bêbado
E flutuou no ar como se fosse um pássaro
E se acabou no chão feito um pacote flácido
Agonizou no meio do passeio público
Morreu na contramão atrapalhando o tráfego
Amou daquela vez como se fosse o último
Beijou sua mulher como se fosse a única
E cada filho seu como se fosse o pródigo
E atravessou a rua com seu passo bêbado
Subiu a construção como se fosse sólido
Ergueu no patamar quatro paredes mágicas
Tijolo com tijolo num desenho lógico
Seus olhos embotados de cimento e tráfego
Sentou pra descansar como se fosse um príncipe
Comeu feijão com arroz como se fosse o máximo
Bebeu e soluçou como se fosse máquina
Dançou e gargalhou como se fosse o próximo
E tropeçou no céu como se ouvisse música
E flutuou no ar como se fosse sábado
E se acabou no chão feito um pacote tímido
Agonizou no meio do passeio náufrago
Morreu na contramão atrapalhando o público
Amou daquela vez como se fosse máquina
Beijou sua mulher como se fosse lógico
Ergueu no patamar quatro paredes flácidas
Sentou pra descansar como se fosse um pássaro
E flutuou no ar como se fosse um príncipe
E se acabou no chão feito um pacote bêbado
Morreu na contra-mão atrapalhando o sábado
Por esse pão pra comer, por esse chão prá dormir
A certidão pra nascer e a concessão pra sorrir
Por me deixar respirar, por me deixar existir,
Deus lhe pague
Pela cachaça de graça que a gente tem que engolir
Pela fumaça e a desgraça, que a gente tem que tossir
Pelos andaimes pingentes que a gente tem que cair,
Deus lhe pague
Pela mulher carpideira pra nos louvar e cuspir
E pelas moscas bicheiras a nos beijar e cobrir
E pela paz derradeira que enfim vai nos redimir,
Deus lhe pague

Cotidiano

 

Chico Buarque


Todo dia ela faz tudo sempre igual:
Me sacode às seis horas da manhã,
Me sorri um sorriso pontual
E me beija com a boca de hortelã.
Todo dia ela diz que é pr'eu me cuidar
E essas coisas que diz toda mulher.
Diz que está me esperando pr'o jantar
E me beija com a boca de café.
Todo dia eu só penso em poder parar;
Meio-dia eu só penso em dizer não,
Depois penso na vida pra levar
E me calo com a boca de feijão.
Seis da tarde, como era de se esperar,
Ela pega e me espera no portão
Diz que está muito louca pra beijar
E me beija com a boca de paixão.
Toda noite ela diz pr'eu não me afastar;
Meia-noite ela jura eterno amor
E me aperta pr'eu quase sufocar
E me morde com a boca de pavor.
Todo dia ela faz tudo sempre igual:
Me sacode às seis horas da manhã,
Me sorri um sorriso pontual
E me beija com a boca de hortelã.
Todo dia ela diz que é pr'eu me cuidar
E essas coisas que diz toda mulher.
Diz que está me esperando pr'o jantar
E me beija com a boca de café.
Todo dia eu só penso em poder parar;
Meio-dia eu só penso em dizer não,
Depois penso na vida pra levar
E me calo com a boca de feijão.
Seis da tarde, como era de se esperar,
Ela pega e me espera no portão
Diz que está muito louca pra beijar
E me beija com a boca de paixão.
Toda noite ela diz pr'eu não me afastar;
Meia-noite ela jura eterno amor
E me aperta pr'eu quase sufocar
E me morde com a boca de pavor.
Todo dia ela faz tudo sempre igual:
Me sacode às seis horas da manhã,
Me sorri um sorriso pontual
E me beija com a boca de hortelã
.

Tatuagem

 

Chico Buarque


Quero ficar no teu corpo
Feito tatuagem
Que é pra te dar coragem
Prá seguir viagem
Quando a noite vem...
E também pra me perpetuar
Em tua escrava
Que você pega, esfrega
Nega, mas não lava...
Quero brincar no teu corpo
Feito bailarina
Que logo se alucina
Salta e te ilumina
Quando a noite vem...
E nos músculos exaustos
Do teu braço
Repousar frouxa, murcha
Farta, morta de cansaço...
Quero pesar feito cruz
Nas tuas costas
Que te retalha em postas
Mas no fundo gostas
Quando a noite vem...
Quero ser a cicatriz
Risonha e corrosiva
Marcada a frio
Ferro e fogo
Em carne viva...
Corações de mãe, arpões
Sereias e serpentes
Que te rabiscam
O corpo todo
Mas não sentes...

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

1º Festival Nacional de Cinema do IFF



1º Festival Nacional de Cinema do IFF
(Instituto Federal Fluminense de Educação, Ciência e Tecnologia)

um múltiplo olhar sobre tudo o que é arte. vídeo.arte, vídeo.teatro, vídeo.vida, vídeo.cultura, vídeo.clipe, vídeo.poesia, uma viagem por estradas sem fronteiras inter-vias festival de cinema do IFF imagens para o além-mar da menina dos olhos de quem olha e aprende a v(l)er.


O 1º Festival de Cinema do IFF em sua Primeira Edição será realizado no Campus Campos – Centro através de Mostras de Curtas, Média e Longa Metragem no período de 16 a 20 de Abril  de 2012, e tem como objetivo fomentar e difundir a produção áudio visual dentro  dos Campus do IFF entre os seus alunos, funcionários e professores, bem como selecionar, exibir a criatividade através da produção  áudio visual brasileira, e acima de tudo descobrir novos talentos.

Mostra Cinema Nacional

Exibição de clássicos da produção cinematográfica  Nacional, selecionados pelos alunos da Oficina Cine Vídeo do IFF e por uma comissão de seleção, nomeada pelo diretor Geral do Campus Campos Centro, Jefferson Manhães Azevedo.

Mostra Curta IFF (Fulinaimagem)

Esta Mostra está aberta a filmes produzidos com qualquer tipo de câmeras e com qualquer tempo de duração, e não tem caráter competitivo.

Mostra Itinerante com a produção vídeo gráfica da Oficina Cine Vídeo no pátio do Campus Centro no período de 14, a 16 de março de 2012, com o objetivo de divulgar as outras atividades do Festival que acontecerão no Auditório Reginaldo Rangel, bem como divulgar as Oficinas que acontecerão a partir de abril de 2012.

Mostra Cinema Possível
Projeto desenvolvido em Cabo Frio, pelo ator, mímico e cineasta Jiddu Saldanha



Mostras Competitivas

1 - Curtas-metragens produzidos em câmeras Mini DV com duração  5 a 15 minutos(incluindo créditos). Realizados entre junho de 2010 a março de 2012.

2 - Curtas-metragens produzidos  com câmeras fotográficas digitais com duração de 1 a  12 minutos (incluindo créditos). Realizados e finalizados entre junho de 2010 a março de 2012.
3 -  Curtas-metragenes produzidos com câmeras de celular com duração de 1 a 5 minutos(incluindo créditos). Realizados entre junho de 2010 a março de 2012.

Premiação

Prêmio: Categoria filme produzidos com câmera celular Estudante.
Prêmio: Categoria filme produzido com câmera celular não Estudante
Prêmio: Categoria filme produzido por Câmera Fotográfica Digital Estudante
Prêmio: Categoria filme produzido por Câmera Fotográfica Digital não Estudante
Prêmio: Categoria Mini DV Estudante
Prêmio: Categoria Mini DV não Estudante

Menção Honrosa: para um filme que se destaque entre todas as categorias mas que não seja escolhido como vencedor em uma delas.



Regulamento

  1. Os filmes devem ser enviados ao Festival de Cinema do IFF  no formato AVI MPEG ou DVD até o dia 1º de Março de 2012 (carimbo de postagem), para quem não for aluno do Campus Centro. Para os alunos do IFF Campus Centro, os filmes podem ser entregues diretamente na sala da Oficina Cine Vídeo.  A divulgação da lista com os filmes selecionados será realizada no dia 31 de Março  de 2012.

  1. Para quem não reside em Campos, os filmes devem ser enviados via Correios para Oficina Cine Vídeo – IFF Campus Campos Centro – Rua Dr. Siqueira, 273 – Parque Dom Bosco – Campos dos Goytacazes – RJ – Cep.  28030.130 Acompanhado da Ficha de Inscrição.

  1. Todos os filmes selecionados podem ter trechos copiados para fins publicitários (divulgação em TV, site e/ou outros meios de comunicação)

  1. Cada cineasta  pode inscrever 3 filmes em qualquer uma das Mostras, desde que use uma ficha de inscrição para cada filme.

  1. Depois da seleção, a aceitação ou rejeição do filme a lista será divulgada  nos blogs http://portalfulinaima.blogspot.com http://www.camposcentro.blog.br e no site www.iff.edu.br

  1. A concordância com este regulamento permitirá ao IFF reproduzir a Mostra em outros Campus da instituição num futuro próximo.

  1. As cópias dos  filmes inscritos, selecionados ou não,  não serão  devolvidos.

  1. As inscrições são gratuitas.

  1. Os filmes inscritos passam a fazer parte do acervo da Oficina Cine Vídeo do IFF e poderão servir futuramente para material de pesquisa sendo utilizados unicamente para fins culturais e educativos.

  1. A  seleção dos filmes, será feita pelo curador do Festival (Artur Gomes) e por uma Comissão de Seleção, nomeada pelo diretor do Campus Campos Centro, Jefferson Manhães de Azevedo.



Campos dos Goytaczes, 10 janeiro de 2012




Artur Gomes
Fulinaíma Produções
(22)9815-1266 begin_of_the_skype_highlighting            (22)9815-1266      end_of_the_skype_highlighting
Curador do Festival de Cinema do IFF  e Professor da Oficina Cine Vídeo




Ficha de Inscrição

Nome:­­­­­­­­­­­__________________________________________________

Título do Filme:____________________________________________

Mostras Competitivas:
Categoria:  (   ) Câmera de Celular     (   ) Câmera Fotográfica Digital
 (    ) Mini DV     (    ) outro tipo de Câmera.

Endereço:________________________________________________

Cidade: ___________________________Estado: ______________­­­__

Fone:______________________

e-mail______________________

Página na internet.:_________________________________________

Estudante:?_______(      )             (            )
                                         Sim                 Não


Se estudante -  Qual Instituição: ________________________________





quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

alguma poesia


alguma poesia 

 não. não bastaria a poesia deste bonde
que despenca lua nos meus cílios
num trapézio de pingentes onde a lapa
carregada de pivetes nos seus arcos
ferindo a fria noite como um tapa
vai fazendo amor por entre os trilhos.
não. não bastaria a poesia cristalina
se rasgando o corpo estão muitas meninas 
tentando a sorte em cada porta de metrô.
e nós poetas desvendando palavrinhas
vamos dançando uma vertigem
no tal circo voador.

não. não bastaria todo riso pelas praças
nem o amor que os pombos tecem pelos milhos
com os pardais despedaçando nas vidraças
e as mulheres cuidando dos seus filhos.

não bastaria delirar Copacabana
e esta coisa de sal que não me engana
a lua na carne navalhando um charme gay
e uma cheiro de fêmea no ar devorador
aparentando realismo hiper-moderno,
num corpo de anjo que não foi meu deus quem fez
esse gosto de coisa do inferno 
como provar do amor no posto seis
numa cósmica e profana poesia
entre as pedras e o mar do Arpoador
uma mistura de feitiço e fantasia
em altas ondas de mistérios que são vossos

não. não bastaria toda poesia
que eu trago em minha alma um tanto porca,
este postal com uma imagem meio Lorca:
um bondinho aterrizando lá na Urca
e esta cidade deitando água
em meus destroços
pois se o cristo redentor  deixasse a pedra
na certa nunca mais rezaria padre-nossos
e na certa só faria poesia com os meus ossos.

Artur Gomes
In Couro Cru & Carne Viva
Prêmio Internacional de Poesia - Quebec - Canadá 1987