sexta-feira, 25 de março de 2011

Exaustão profissional

Riad Younes na CartaCapital


Trabalhar demais pode matar. Ou pelo menos, causar alterações no funcionamento normal do corpo a ponto de atingir a exaustão. Síndrome cada vez mais comum nos tempos modernos atinge mais de 10% dos profissionais no mundo desenvolvido, segundo estimativas. Os sintomas variam muito, desde leves sinais de ansiedade no trabalho, até a exaustão extrema e a imobilidade. Os distúrbios descritos resultam de mudanças significativas no funcionamento do metabolismo, associadas a desequilíbrio hormonal. Um dos hormônios mais ligados ao estresse é o cortisol, a “cortisona” natural do corpo humano.

Esse hormônio é produzido por glândulas localizadas em cima dos rins, uma de cada lado. Quando levamos um susto, ou nos sentimos ameaçados ou estressados, essas glândulas secretam na corrente sanguínea altas doses de cortisol. Entre outras funções, prepara o corpo para a luta e fornece altas concentrações da fonte imediata de energia para os músculos, a glicose. Também ajuda a regular nosso metabolismo básico e nosso ritmo diário.

Cientistas demonstraram, anos atrás, que a concentração de cortisol no sangue aumenta drasticamente sob situações de estresse agudo. Por outro lado, em pessoas com estresse contínuo, elevado e crônico, as concentrações de cortisol baixam a níveis assustadoramente reduzidos. É a exaustão do sistema hormonal do estresse. Pesquisadores do Centro de Estudos do Estresse, da Universidade de Montreal, no Canadá, avaliaram a possibilidade de se utilizar testes simples para detectar o estado de estresse crônico e exaustão. Avaliaram, em estudo inicial, 30 voluntários quanto à concentração de diversos hormônios, incluindo a insulina e o cortisol. Correlacionaram a concentração medida no sangue e na saliva, com o nível de estresse crônico e de trabalho intensivo.

Os pesquisadores demonstraram que existe um paralelo entre a baixa concentração de cortisol e a exaustão. Quando foram observar o modo como pessoas com sintomas semelhantes eram rotineiramente tratados pelos médicos, descobriram que a maioria recebia medicamentos antidepressivos. Paradoxalmente, essa classe de remédios caracteristicamente reduz os níveis de cortisol.

Os cientistas sugerem ainda que novos estudos tentem determinar critérios laboratoriais claros que separem pacientes com depressão, daqueles com estresse crônico e exaustão profissional. O diagnóstico preciso pode ser muito difícil. Afinal, apesar dos sintomas serem muito semelhantes, os tratamentos são bem diferentes. E por vezes antagônicos.
Enganando o câncer

O tratamento de pacientes com câncer tem mudado de forma tão profunda, nos anos recentes, que os cientistas apresentam modos diversos de combatê-lo, e muitas vezes geniais. A mais recente descoberta de cientistas da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual de Wayne, liderados por K. Rosner, é um desses exemplos. Basicamente, eles construíram uma molécula que se assemelha a uma enzima natural, proteína presente nas células, mas sutilmente modificada para enganar as células cancerosas. Elas começam a se suicidar. Escolheram, como modelo, um dos cânceres mais agressivos e mais resistentes a tratamentos quimioterápicos do corpo humano: o melanoma.

Os pesquisadores modificaram geneticamente a enzima DNAse1. Essa proteína é um potente destruidor do código genético celular. Quando introduzida na célula tumoral, essa enzima modificada resiste à destruição natural, e continua agindo dentro do núcleo da célula, levando progressivamente à digestão e à fragmentação do DNA. Os cientistas esperam, ao enganar as células tumorais e induzi-las a produzir essa enzima letal, simplesmente sentar e esperar que o tumor se suicide. Lentamente. Sem necessidade de quimioterapia ou radioterapia. Genial.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Rumos Educação, Cultura e Arte viaja pelo país com aula-espetáculo de Antonio Nóbrega




O artista apresenta músicas e trata de linhas culturais do Brasil e da Europa. Próxima parada é o Rio de Janeiro


Rumos Educação, Cultura e Arte

Aula-espetáculo com Antonio Nóbrega

quinta 17 de março

Teatro Sesi Centro
Rio de Janeiro (RJ)

Confira fotos da primeira apresentação


entrada franca


O erudito e o popular, o feminino e o masculino, o conceito e a emoção caminham juntos em Mátria: Uma Outra Linha de Tempo Cultural, aula-espetáculo do músico e dançarino Antonio Nóbrega. O evento faz parte do Rumos Educação, Cultura e Arte e será apresentado em várias cidades do país, como parte de divulgação do novo edital do programa.

No dia 17 de março, a parada é o Teatro Sesi Centro, no Rio de Janeiro, às 20h. Nóbrega traz, por um lado, considerações sobre duas linhas culturais: a brasileira de extração popular e a europeia; por outro, apresenta peças do samba, da tradição oral e da música clássica. Um dos focos do artista é o equilíbrio entre o que seria o tipo de pensamento masculino - o discurso, o conceito - e o que seria o feminino - a sensibilidade, a emoção.

Segundo o artista, "o sistema em que vivemos é de tessitura masculina, daí a necessidade de levarmos em conta outra linha de tempo cultural, onde valores femininos são mais operantes - para incorporar o melhor das duas tradições".


Caravana Rumos Educação, Cultura e Arte
Aula-espetáculo com Antonio Nóbrega

Classificação indicativa: 16 anos


Programação

quinta 17 de março, às 19h
Teatro Sesi Centro (350 lugares)
Av. Graça Aranha, 1 - Centro - Rio de Janeiro - Rio de Janeiro

quarta 23 de março, às 20h
Theatro Carlos Gomes (409 lugares)
Praça Costa Pereira, 25 - Centro - Vitória - Espírito Santo

terça 29 de março, às 20h
Teatro da UFMT - Universidade Federal de Mato Grosso (506 lugares)
Avenida Fernando Corrêa da Costa, s/n - Campus Universitário - Cuiabá - Mato Grosso

terça 26 de abril, às 19h
Teatro João do Vale (400 lugares)
Rua da Estrela, 283 - Praia Grande - São Luís - Maranhão

quinta 28 de abril, às 20h
Teatro Estação Gasômetro (450 lugares)
Av. Magalhães Barata, 830 - São Brás - Belém - Pará

sábado 30 de abril, às 19h
Teatro da Instalação (217 lugares)
Rua Frei José dos Inocentes, s/n - Manaus - Amazonas

terça 3 de maio, às 20h
Teatro Álvaro de Carvalho (461 lugares)
Rua Marechal Guilherme, 26 - Centro - Florianópolis - Santa Catarina

quinta 5 de maio, às 20h
Casa de Cultura Mario Quintana - Teatro Bruno Kiefer (200 lugares)
Rua dos Andradas, 736, 6º andar - Centro - Porto Alegre - Rio Grande do Sul

quinta 12 de maio, às 20h
Palácio das Artes - Sala Juvenal Dias (174 lugares)
Avenida Afonso Pena 1537 - Centro - Belo Horizonte - Minas Gerais

terça 17 de maio, às 19h30
Teatro Sesc-Senac Pelourinho (220 lugares)
Largo do Pelourinho, 19 - Centro Histórico - Salvador - Bahia

quinta 19 de maio, 20h
Teatro Apolo (282 lugares)
Rua do Apolo, 121 - Bairro do Recife - Recife - Pernambuco

quarta 25 de maio, às 20h
Teatro José Maria Santos (170 lugares)
Rua Treze de Maio, 655 - Centro - Curitiba - Paraná

sexta 27 de maio, às 19h
Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura - Teatro (246 lugares)
Rua Dragão do Mar, 81 - Praia de Iracema - Fortaleza - Ceará

terça 14 de junho, às 20h
Teatro Claudio Santoro - Sala Martins Pena (437 lugares)
Via N2 Norte, anexo Teatro Nacional Claudio Santoro - Brasília - Distrito Federal

quinta 16 de junho, às 20h
Teatro Plácido de Castro (482 lugares)
Avenida Getúlio Vargas, 2703 - Bosque - Rio Branco - Acre

www.itaucultural.org.br

sexta-feira, 11 de março de 2011

Sua pele tratada no pós verão

Pele espessa, ressecada, com rugas evidentes, tonalidade irregular e visível redução do viço. Esses são alguns dos "castigos" causados pelo sol que mais preocupam as mulheres durante o período de veraneio. Agora, que ele está chegando ao fim, então, é hora de colocar a mão na massa, ou melhor, nos cosméticos de tratamento para deixar a pele revigorada, como explica Fernanda Reno Maia, sócia-gerente da Adcos Franquia-Campos. "Neste período pós-verão, muitas mulheres precisam cuidar da pele, por conta dos efeitos do sol. E é por isso que a cosmética de tratamento está mais do que preparada para atender esse público", afirma.

Entre as linhas de maior destaque neste período, segundo Fernanda, se encontram a Derma Complex, Golden Care, Vinoterapia e Sun Care, que ajudam a devolver a vitalidade, a hidratação e a nutrição à pele, perdidas com a exposição ao sol, bem como prevenir o envelhecimento precoce. "A linha de tratamento facial anti-idade Derma Complex, por exemplo, além de ter uma potente ação antioxidante, possui ativos importantes para renovar a pele, uniformizar, iluminar e preencher as linhas de expressão", informa a profissional, acrescentando que a linha é desenvolvida com altas concentrações de ativos reconhecidos pela área dermatológica.

"Os produtos têm 10% de vitamina C. Isso é uma exclusividade da Adcos, pois a maioria dos outros cosméticos que prometem essa substância tem só 5%, acrescentou Fernanda, destacando que a linha Derma Complex é composta por três produtos: Derma Complex Retinol Facial, Derma Complex Vitamina C, e o Derma Complex Retinol - Área Olhos.

Outra indicação para a face é o Vinoserum Facial, que promove a revitalização da pele e dá firmeza à derme, por ser desenvolvido à base de complexo peptídico, associado a polifenóis do vinho, exclusivo da França. "O produto combate os sinais do envelhecimento pela neutralização dos radicais livres. Por isso é especialmente indicado para peles agredidas por sol, fumo, poluição e outros fatores externos", disse.

Corpo – Mas engana-se quem acha que só o rosto merece atenção no período pós-verão. Afinal, quem não quer estar com o visual inteiramente repaginado? "Para o corpo, é importante realizar um reforço na hidratação e nutrição da pele, com o uso de dermocosméticos potentes para essa finalidade", diz Fernanda. A indicação, nesse caso, é o Creme Revitalizante Corporal Golden Care e o Vinohidra Corporal.

O primeiro promove intensa hidratação e nutrição da pele, já que, em sua composição, encontram-se isoflavonas de soja e green tea, além de outros fito-ativos associados à Ureia 10%. O segundo também possui a mesma finalidade, tendo, em sua composição, polifenóis de vinho, que hidratam a pele e combatem a ação dos radicais livres.

Mas, para quem necessita de uma revitalização imediata, no mesmo dia da exposição ao sol, a Loção Pós-Sol Sun Care é ótima saída, segundo Fernanda. "Além de prolongar o bronzeado, a loção proporciona a revitalização, dá sensação de alívio e de frescor imediato. Também combate o ressecamento e previne a descamação da pele. Tem ação antioxidante, hidratante e suavizante", finaliza.


Redação
maniadesaude@jornalmaniadesaude.com.br


Dicas da Pelle

NOVO SITE: para conhecer as últimas novidades e lançamentos dermatológicos dos Congressos de Paris ( Jan) e da Academia Americana em New Orleans ( Fev )\ acesse o novo site da Dra Ana Pellegrini: www.anapellegrini.dermatosbd.org.br

MEETING DA ACADEMIA AMERICANA DE DERMATOLOGIA:

Dra Ana Pellegrini foi uma das participantes do 69º Encontro da Academia Americana de Dermatologia (AAD), na cidade de New Orleans, que é o maior encontro mundial da especialidade. O evento foi marcado pela grandiosidade dos temas tratados, das novidades, dos equipamentos e, é claro, do local do evento, incrivelmente bem equipado e preparado para os milhares de médicos, vindos do mundo todo.

O congresso confirmou que as tecnologias e equipamentos a laser vêm se aperfeiçoando, a cada dia, com o intuito de oferecer os melhores resultados com o máximo de conforto aos pacientes. Existe hoje um leque extenso de opções de tratamentos a laser não-agressivos e que não tiram o paciente da sua rotina. Sempre atenta aos estudos, pesquisas e novidades nesta área, Dra Ana promete novidades em sua clínica para este ano.

O laser fracionado não ablativo foi a grande estrela. Ele promove miniulcerações na derme e, durante o processo de cicatrização, ocorre a produção de colágeno novo (proteína que dá sustentação à pele), que, por sua vez, regenera a área atingida pelas cicatrizes, preenchendo as depressões e falhas da pele. Resumindo, os lasers fracionados focam sua ação na região a ser tratada e poupam a área ao redor, deixando assim intactas as células saudáveis. São mais eficazes e menos agressivos.

Dra. Ana Maria Pellegrini
Dermatologista e responsável técnica pela PELLE

quinta-feira, 3 de março de 2011

A solução está na vontade política


por Sylvio Muniz

Na minha humilde avaliação, nada marca mais a nossa vida que a tragédia e a desgraça, mas nem mesmo estes momentos parecem ficar registrados por muito tempo na memória dos brasileiros, que parecem querer sempre debitar na vontade Divina (para a alegria de políticos demagogos e mal intencionados) todas as mazelas premeditadas pela incúria, malversação de recursos e corrupção de nossos governantes.

É impossível entender que, pagos com o dinheiro do contribuinte para administrar uma cidade, um estado ou uma nação, aqueles que dizem "aceitar este desafio e esta missão espinhosa, com o sacrifício de seu bem-estar", passem, às vezes diariamente, por locais de alto risco e não percebam construções em andamento, materiais de construção sendo armazenados e gente dependurada por andaimes que mais parecem rapel, tijolando barracos à beira de precipícios, encostas e planos inclinados de causar arrepio em gato.

Passei, há poucos dias, por Nova Friburgo e ouvi muitas histórias, para entender melhor o que se passava na alma daquele povo valente, empreendedor e fruto de uma cultura europeia de independência e visão empresarial herdadas dos seus antepassados suíços. Fiquei chocado e pessimista com a minha visão futura, de curto e médio prazo, com as possibilidades da volta daquela cidade aos níveis normais em seu setor produtivo.

Por um breve tempo, passou pela minha gasta memória a tragédia que abalou New Orleans, quando o furacão Katrina a escolheu para desovar a sua fúria e deixou-a, até os dias de hoje, aos mesmos moldes das cidades fantasmas que povoavam os filmes de faroeste americano que fizeram parte do meu lazer infantojuvenil. Tudo isto com a complacência do então presidente Bush, que não teve nenhuma ação humanista/administrativa que viesse ajudar a preservar o berço do jazz e do blues, cujos eventos musicais atraíam milhares de pessoas anualmente, que engordavam as contas do turismo americano e sustentavam uma população inimaginável de habitantes, além de raros talentos musicais daquela região.

Nova Friburgo me lembrou New Orleans, pela tragédia e pelo lamento soturno das vítimas abaladas pelos deslizamentos que o poder público por lá permitiu, tanto quanto permite nas encostas e nos alagados da cidade do Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Recife etc etc etc.
Não basta apenas arrecadar e pedir ajuda aos cofres do governo federal, buscando aval na dor dos que ficaram e na lembrança dos que se foram, aproveitando a intensa exposição midiática do momento. É necessário investir certo o dinheiro do contribuinte. É imprescindível a vontade política para evitar novas tragédias e dar normalidade ao curso dos segmentos produtivos da sociedade, que quer ampliar os recursos pagos em impostos ao próprio governo, uma evidência do próprio crescimento da economia como um todo.

Não sou apologista da frase que marcou a rebeldia Guevariana, "Se há governo, sou contra". Sou contra, sim, o desgoverno. A falta de atitude; a falta de compromisso da cartilha de palanque eleitoral e a falta de comprometimento com o cargo público que tanto lutou para desempenhar. Para mim, a avaliação do político não começa pelo partido que representa ou pela possibilidade de angariar favores pessoais. Começa e termina pelas ações concretas de uma administração voltada para realizações que venham otimizar os vários segmentos da sociedade que representa. Da mesma forma que o processo democrático nos permite o exercício da crítica negativa, temos que ter a responsabilidade de exaltar as ações positivas dos governantes.

Em Campos dos Goytacazes, um exemplo de vontade política, para se resolver problemas de alto risco de moradia, foi dado pela itaperunense Rosinha Garotinho, quando, em contrapartida pela aquisição de uma moradia fornecida pela prefeitura, mandou, imediatamente, tombar todas as casas que margeavam a BR-101, na altura de Ururaí, um local com registro de histórias trágicas de acidentes.

A lição deixada por essas tragédias demonstra que devemos fomentar discussões que promovam a mudança de uma cultura política norteada pelo estímulo da ilegalidade e pela banalização dos valores morais e éticos.

O sociólogo Demétrio Magnoli aponta que a razão maior desses problemas está "nas escolhas políticas baseadas numa racionalidade avessa ao interesse público e, muitas vezes, às próprias leis".


Sylvio Muniz é publicitário (05855-SP-1975), fundador, editor e proprietário do Jornal Mania de Saúde e Conselheiro da Ordem dos Jornalistas do Brasil.




Roseane dos Santos, em Rio das Ostras, Região dos Lagos, posa com uma edição de verão do Mania de Saúde, ilustrando a presença do nosso jornal em todas as orlas do interior do Estado do Rio de Janeiro, além das praias de Guarapari, muito procuradas pelos veranistas fluminenses