sábado, 23 de outubro de 2010

*CURSO DE LÍNGUAS E CULTURA

Atualmente há aproximadamente 240 povos indígenas distribuídos em todo o
território nacional, a maioria na Região Norte. São cerca de 180 línguas
indígenas brasileiras.

No universo das línguas indígenas, reconhece-se a existência de dois grandes
troncos:

o Tupi e o Macro Jê.

A proposta do curso é ensinar de forma simples e objetiva a cultura e a
língua do tronco Tupi-Guarani, que tem o maior número de falantes indígenas
do Brasil, a diversidade cultural, a estrutura da língua Tupi . Conhecer
onde ela está presente na língua portuguesa e em outras famílias Guarani na
geografia do Brasil*.

INSTRUTORES:
- URUTAU GUAJAJARA ( Graduação em Educação, Mestrando em Linguistica
UFRJ/MN)

-TCHAHY GUAJAJARA (Liderança Guajajara)

-ZAHY GUAJAJARA (Estudante Guajajara)

*DIA: SÁBADO 23/10
HORA: 14 ÁS 17H*
*LOCAL: Instituto Tamoios dos Povos Originários(antigo Museu do Índio)*
*END: Rua Mata Machado, 126 (em frente ao portão 13 do Maracanã)*

CONTATO:

guajajarama@hotmail.com

Tel. 95047517
APOIO: CESAC, Centro de Etno-conhecimento Sócio-ambiental. Cauiré.
Instituto Tamoios dos Povos Originários,
Projeto Indios em Movimento

domingo, 17 de outubro de 2010

Mesas-redondas do Festival Visões Periféricas 2010

Local: Oi Futuro em Ipanema
Rua Visconde de Pirajá, 54 (Metrô Gal. Osório)

20.10 - 14h
Mesa 1: Novas tecnologias, outras periferiasAs novas tecnologias em comunicação já fazem parte do dia-a-dia das diversas periferias brasileiras. Elas vêm mudando a face da produção cultural no país, impondo novos modelos econômicos estéticos e educacionais que influenciam uma nova visão da periferia a partir dela.

Palestrantes: Oona Castro (diretora Instituto Overmundo e co-autora do livro Tecnobrega - o Pará reinventando o negócio da música);
Luciano Vidigal (diretor 5X Favela e Copa Vidigal);
Roberto Guimarães (Oi Futuro Oi Kabum!)
Mediador: Karine Mueller (diretora Associação Imaginário Digital)Público-alvo: professores e estudantes de escolas e universidades; pesquisadores; produtores culturais; produtores de audiovisual; usuários de tecnologias em geral.

21.10 - 14h
Mesa 2: Eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também. O audiovisual que nasce da mistura. O aumento da produção e difusão audiovisual a partir das facilidades digitais impulsionou o desenvolvimento de um gênero típico da internet, o da remixagem. Filmes feitos a partir de outros filmes abrem campo para uma discussão estética e política sobre a autoria.

Palestrantes: Vitor Alli (pesquisador UFRJ);
Fernando Motolese - SP (criador do viral Cala a Boca Galvão);
Fábio Feter - SP (raper e jornalista da TV Brasil)
Mediadora: Moana Mayall (artista visual e VJ, curadora da Mostra Imagens Remix)Público-alvo: professores e estudantes de escolas e universidades; pesquisadores; produtores culturais; produtores de audiovisual; usuários de tecnologias em geral.

22.10 - 14h
Mesa 3: Produção, difusão e educação audiovisual na América Latina - casos, caminhos e parcerias.Exemplos de iniciativas e estímulos à produção, exibição e educação audiovisual na América Latina.

Palestrantes: Daniel Bejarano (coordenador do Festival Ojo al Sancocho - Colômbia);
Eliane Costa (Gerente de Patrocínios da Petrobras - Brasil);
Ramiro Garcia (coordenador do projeto CineEnMovimiento - Argentina)

Mediador: Marcio Blanco (Coordenador Festival Visões Periféricas - Brasil)Público-alvo: professores e estudantes de escolas e universidades; pesquisadores; produtores culturais; produtores de audiovisual.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

A BIENAL DE SÃO PAULO E O VAZIO DA ARTE CONTEMPORÂNEA

Depois que o entretenimento passou a ser um requisito de fácil utilização da arte contemporânea mais difundida, o olhar foi surpreendido pela ausência de raciocínio. A 28ª Bienal de Arte de SãoPaulo está vazia de obras e idéias. Difícil até de fotografar como constata o fotógrafo Thomas Milz ao fazer uma viagem com sua câmera fotográfica no prédio projetado por Oscar Niemeyer e terminou registrando a euforia e a disputa do público para escorregar no tobogã, instalado nas dependências do prédio. Uma obra de arte? Uma diversão? Pouco importa. Fazemos parte de uma civilização sem tempo para se dedicar ao pensamento, irremediavelmente contaminada pela carência de lazer. Uma cultura do efêmero.

Para o público viciado no espetáculo do consumo, visitar a 28ª Bienal é mais uma diversão, um lugar do flerte e da ociosidade, um ponto de encontro para se falar de recessão, da crise financeira global, do carro novo, de tudo, menos de arte. As bienais de arte perderam a credibilidade, há muito tempo. Nessa mostra a arte é um adjetivo substituível na frase. O que interessa é a ilusão da praça protegida que não existe mais na cidade. Destruída de seus valores e funções, a cidade é selvagem, recuperar a convivência com o outro, com o desconhecido, o espaço social, é um desafio e uma necessidade, mas não é a função principal da arte.

A obra de arte já não é mais o atrativo do espetáculo, diante da importância exacerbada do patrocinador e do curador. O artista passa quase despercebido e a obra é um simulacro. O marketing do produto émais importante que o próprio produto.

A idéia de arte, que vem desde a renascença como saber autônomo, foi substituída por mais um produto de consumo, condicionado à indústria da moda e aos agentes externos que ditam as regras do circuito de arte. O público geralmente consome qualquer coisa. Na condição contemporânea de articulação social, a arte foi reduzida a acessório, como mostra esta bienal, de aproximação das pessoas com a cidade. Uma cidade da especulação imobiliária e da economia do metro quadrado, comum a arquitetura sem poesia, esvaziada de sentido, ameaçada por todos os tipos de violências e medos. Medo até de consumir o que não estána moda. Uma cidade destruída de valores, deserta e entulhada de imagens.

Diante dos pilotis do prédio de Oscar Niemeyer, observamos a perspectiva do espaço celebrado pela fotografia, uma pergunta ou uma dúvida: Será que esta bienal quer estimular um questionamento sobre o vazio da arte e da vida moderna de uma civilização utilitária e frívola? Não sabemos ao certo. A obra do arquiteto é que ficou visível. Um monumento ao vazio para reverenciar ou ironizar a racionalidade e a objetividade da arquitetura moderna.

O olhar atento do fotografo testemunha a relação do espectador com a solenidade do espaço, a indiferença com a arte. A sensação era a mesma de estar num shopping center. Mesmo quando avistamos manifestações que a curadoria e o contexto determinaram como obra de arte, não experimentamos nenhum estado de desejo, o olhar permanece alheio ao que ver. Será que estamos em crise? Do consumo de arte à relação amorosa não sabemos mais onde colocar o desejo. As responsabilidades são negociadas, trocadas. A ética deixada de lado. No meio de arte, quem decide o Ministério da Cultura ou a Petrobras? Por exemplo. Para que serve uma mostra de arte desse porte? É uma boa pergunta depois de uma visita à 28ª Bienal de São Paulo.

Almandrade
artista plástico, poeta e arquiteto

Tetê Espíndola faz show no Sesc Campos




Cantora, famosa com a música "Escrito nas Estrelas" se apresenta nesta quinta-feira
Foto: Vânia Jucá

Intérprete da balada “Escrito nas Estrelas”, a cantora Tetê Espíndola solta à voz no Sesc Campos nesta quinta-feira, dia 14 de outubro, às 20h.
O show integra o projeto “Avulsos” que agrupa diferentes expressões artísticas, sem destacar gêneros, estilos ou linhas. Contralto-sopranissimo do Mato Grosso do Sul, Teresinha Maria Miranda Espíndola já entusiasmou muitas figuras. Arrigo Barnabé reagiu ao escutar o som de Tetê: 'Sertanejo lisérgico!'.
Anos depois o concretista Augusto de Campos poetizou: 'Esta menina tem pássaros na garganta'. Tetê é isso. E mais um pouco. Está em constante evolução. Seu primeiro trabalho, "Tetê e o lírio selvagem", foi lançado em 1978.
Com sua potente voz venceu, em 1985, o "Festival dos Festivais" da Rede Globo, com a canção "Escrito nas estrelas", composição do marido Arnaldo Black com Carlos Rennó, que bateu recordes de execução e vendagens, dando-lhe o disco de ouro.
Serviço:
Show Tetê Espíndola
Dia: 14 de outubro (Quinta-feira)
Horário: 20hIngressos: R$ 3 (comerciário), R$ 6 (estudante e idoso) e R$ 12 (inteira)Classificação: 14 anos
Sesc Campos: Rua Alberto Torres, 397 – tel. (22) 2725-1210

Oficina de Cinema de Terror com o diretor Rodrigo Aragão




Uma das atividades mais importantes do Outudo Trash 2010, que será realizado neste mês de outubro pelo SESC Campos, está a Oficina de Curta de Terror com o diretor do premiado filme Mangue Negro, Rodrigo Aragão que passará dicas de Roteiro, passando por maquiagem, fotografia e conceito de foto e imagem, direção, atuação e edição.
Como resultado será produzido um curta com as pessoas participantes. A oficina acontece nos dias 16 e 17 de outubro das 9h às 12h e 14h às 18h. As inscrições podem ser feitas no próprio SESC Campos, com vagas limitadas.Mais informações do festival no blog: http://www.outudotrash2010.blogspot.com/

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

A POESIA É A ÚNICA SAÍDA PRO NADA






Ontem vi um filme coreano chamado Poesia, apresentado no Festival. Foi o título que me atraiu, claro. Mal consigo assistir a um ou dois filmes do festival, todo o ano. Mas por esse eu fui. E esperei. Eu e uma multidão que aguardava em fila e grande animação. Fiquei pensando como, de repente, um público tão diverso pode ter se interessado por poesia. Bons ventos.

No filme a personagem é uma senhora aposentada que quer, em meio à sua tumultuada vida, escrever um poema. Um, que seja. Ela participa primeiro de aulas, depois de encontros com leitura de poesia no Centro Cultural da cidade. O filme é bonito e triste. As leituras são boas e divertidas.

Não vou contar o filme. Mas poucas vezes tive oportunidade de ver no cinema a poesia pontificando. Fiquei feliz, claro, que alguém tenha pensado nisso e feito um belo trabalho.

Não bastasse, hoje recebo a chamada para a entrevista feita por Selmo Vasconcellos, no blog http://antologiamomentoliterocultural.blogspot.com/2010/10/lou-viana-entrevista-n-266.html, que publico abaixo na certeza de que vão gostar de conhecer a grande figura que é Lou Viana e sua poesia essencial, engraçada, desafiadora.


PEQUENA BIOGRAFIALOU VIANA
é graduada em Letras e Psicologia. Tem especialização em Literatura Brasileira e em Literaturas Africanas e Mestrado em Teoria Literária, título da dissertação: "O saber do humor". De 1999 a 2007, participou da comissão editorial do Jornal Panorama e do Poesia Viva (jornais de poesia da cidade do Rio de Janeiro).

Publicou: "O céu do lençol" pela Sette Letras em 1996 (nome de autora: Luiza Viana") e "Fina ficção" em 2010 pela Editora da Palavra (nome de autora: Lou Viana). Tem poemas citados no livro de Jomard Muniz de Britto "Atentados Poéticos", Editora Bagaço, Recife, e no artigo de Gustavo Bernardo "O Nominalismo Medieval na Base da Fenomenologia Moderna", do Seminário do Instituto de Letras da Universidade do Estado do Rio de Janeiro em 2000

Nhocuné Soul no Parque Raul Seixas

No dia 12/10 a Nhocuné Soul se apresentará no Parque Raul Seixas, as 16 hs com entrada gratuita. O show faz parte da comemoração de 7 anos de atividades da ALMA ambiental. O grupo Aliança Libertária Meio Ambiente (ALMA Ambiental) é uma associação sem fins lucrativos, que desenvolve ações de arte-educação ambiental desde outubro de 2003, tendo como objetivo primordial, a sensibilização e mobilização da comunidade, na busca da multiplicação de atitudes transformadoras que reintegrem o indivíduo às três dimensões da ecologia: mental (interior), social e ambiental.

Confira a programação completa em: http://almaambiental.blogspot.