por onde quer que eu te cantasse
o tecido do amor já esgarçamos
em quantos outubros nos gozamos
agora que palavro Itaocaras
e persigo outras ilhas
na carne crua do teu corpo
amanheço alfabeto grafitemas
quantas marés endoidecemos
e aramaico permaneço doido e lírico
em tudo mais que me negasse
flor de lótus flor de cactos flor de lírios
ou mesmo sexo sendo flor ou faca fosse
Hilda Hilst quando então se me amasse
ardendo em nós salgado mar
e Olga risse
olhando em nós
flechas de fogo se existisse
por onde quer que eu te cantasse
ou Amavisse
Artur Gomes
www.pelegrafia.blogspot.com
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