segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Nova técnica permite operação de próstata por um corte de dois centímetros



Por Agência Brasil


São Paulo - Uma nova técnica minimamente invasiva para cirurgia da próstata começou a ser usada no Brasil. A primeira operação desse tipo no país foi feita pelo Centro de Referência em Saúde do Homem, da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, na capital paulista.

A técnica permite que o paciente tenha a glândula operada por meio de um único furo de dois centímetros feito abaixo do umbigo, por onde entram um aparelho chamado de single port e uma câmera.

De acordo com o médico urologista do Centro de Referência em Saúde do Homem, Fábio Vicentini, a técnica é aplicada especificamente para próstatas grandes, que não podem ser operadas pelo método convencional: com acesso pelo canal da uretra. Normalmente a próstata aumentada é operada por um corte grande ou por laparoscopia com quatro ou cinco cortes menores. A técnica é indicada para homens com a próstata pesando 100 gramas. O peso normal é o de 15 a 20 gramas.

"Essa cirurgia é um avanço porque conseguimos fazer com um corte de dois centímetros uma cirurgia tão eficiente quando a aberta, só que mais rápida, com menor sangramento, menos dor. Outro ponto positivo da utilização dessa técnica é a diminuição dos custos, porque o paciente recebe alta no dia seguinte à operação, por isso o custo com a internação e os medicamentos ficam em torno de R$ 1,2 mil por paciente".

Vicentini disse que fora do país o sigle port foi utilizado pela primeira vez nos Estados Unidos. Segundo ele, o método já está implantado no Centro de Referência em Saúde do Homem. Por mês são realizadas cerca de 40 operações de próstata no hospital. Dessas 10 são de próstata aumentada.

"Essa não é uma doença que mata, mas o desconforto é grande porque dificulta muito na hora de urinar. A qualidade de vida do paciente cai muito e muitas vezes ele tem que usar uma sonda porque a urina não sai. Sem tratamento essa doença pode afetar a bexiga e os rins, podendo se tornar uma doença grave".

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Check-up da próstata, fazer ou não?

por Conceição Lemes em http://viomundo.com.br

O câncer de próstata é o segundo mais comum entre os brasileiros. A estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca), do Ministério da Saúde, era de que, em 2002, ocorressem no país 25.600 novos casos da doença. Para 2010, calcula 52.350.

Um salto de 104% em nove anos devido especialmente ao aumento de diagnósticos. Nisso, a mídia tem ajudado, estimulando a detecção precoce. Há duas estratégias. Uma, para indivíduos que apresentam sintomas ou sinais iniciais da doença. É o diagnóstico precoce. Outra, àqueles aparentemente saudáveis, sem qualquer sinal ou sintoma. É o que os médicos denominam rastreamento.

O diagnóstico precoce é inquestionável. É consenso no mundo inteiro. O mesmo não acontece com rastreamento destinado à população masculina em geral.

“Eu não tenho dúvida de que é preciso rastrear, detectar e tratar o câncer de próstata em homens saudáveis, assintomáticos”, afirma urologista Sidney Glina, professor livre-docente da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do ABC. “O câncer de próstata só mata menos do que o de pulmão. O óbito ocorre, em média, 12 anos após o seu início. Se aos 50 anos o indivíduo tem câncer de próstata e não se tratar vai morrer com 62. Portanto, o rastreamento tem impacto positivo na vida.”

“Não se tem ainda grandes evidências de que diminua a mortalidade se o câncer de próstata for tratado antes de os sintomas aparecerem, fazendo o paciente viver mais e melhor”, diverge o clínico geral Arnaldo Lichtenstein, do Hospital das Clínicas de São Paulo e professor colaborador do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da USP. “Além disso, o tratamento tem efeitos colaterais importantes.”

Essa discordância no meio acadêmico retrata um grande debate que ocorre no mundo inteiro.

Sociedades de especialistas, como a American Cancer Society, American Urology Association e Sociedade Brasileira de Urologia, são a favor do rastreamento. Recomendam anualmente o toque retal e do PSA em homens saudáveis, sem sintomas, a partir dos 50 anos. Caso exista história familiar de câncer de próstata, a partir dos 40.

Já a US Preventive Services Task Force e a Canadian Task Force, respeitados organismos multidisciplinares independentes, e o National Institute of Cancer, dos EUA, contra-indicam o check-up anual em homens assintomáticos, sem histórico familiar. No Brasil, o Inca e o Centro de Promoção de Saúde do Hospital das Clínicas de São Paulo também.


TEM ALGUMA DIFICULDADE PARA URINAR?

Estranhou? Ficou confuso, por que não é o que normalmente aparece na mídia?

Calma. Antes de avançarmos, atente aos sintomas abaixo e responda:

* É comum a sensação de não esvaziar completamente a bexiga aós terminar de urinar?

* Tem vontade urinar menos de 2 horas após ter urinado?

* Ao urinar, parou e recomeçou várias vezes?

* O jato de urina anda fraco?

* Tem de fazer força para começar a urinar?

* Tem de se levantar duas, três, quatro vezes à noite para urinar?

Quanto mais sim, maior a intensidade dos sintomas. Mas eles – atenção! – não significam que a doença seja maligna ou benigna. É apenas o que o homem está sentindo em decorrência de prováveis alterações na próstata. Vá ao médico.

O que tem a ver dificuldade de urinar com próstata? Muito. A razão é a posição dela. Situada logo abaixo da bexiga e em frente ao reto, ela fica em volta da uretra.

A próstata é uma glândula, seu formato e tamanho assemelham-se ao de uma castanha portuguesa e pesa cerca de 20 gramas. É órgão fundamental do aparelho reprodutor masculino. Sua função principal é produzir a secreção que participa do esperma, o líquido expelido pelos homens durante a ejaculação. A secreção prostática representa 30% do volume ejaculado. Serve como meio de transporte, alimento e proteção para os espermatozóides durante o seu percurso na vagina rumo à fertilização. E, ao contrário do que muitos imaginam, não tem nenhum papel na ereção peniana.

“Três enfermidades podem afetar a próstata”, explica Glina. “A prostatite [infecção], a hiperplasia benigna [crescimento benigno da glândula] e o câncer.”

Imagine uma maçã. A casca equivale à região periférica da glândula: é onde nasce a maioria dos cânceres. O miolo, onde ficam os caroços, é a zona central: local onde mais freqüentemente ocorrem as prostatites. A parte maior, que é a polpa, equivale à região de transição: é onde surge a hiperplasia benigna da próstata, disparado a mais freqüente das enfermidades da glândula.

“Geralmente no início, o câncer de próstata é silencioso, não dá sintomas”, previne Lichtenstein. “Independentemente disso, ao sentir dor ou desconforto na micção ou notar alguma mudança no fluxo da urina, não empurre com a barriga, busque ajuda médica, pois alguma alteração há.”

OPERAÇÃO ÀS VEZES DESNECESSÁRIA E MUTILANTE

Especificamente em relação ao câncer de próstata, sabe-se que:

1) A genética é fator importante. Homem cujo pai ou irmão teve câncer de próstata antes dos 60 anos tem 3 a 10 vezes mais risco de desenvolver a doença do que a população em geral.

2) Obesidade e alimentação parecem favorecer a doença. Na Ásia, é baixa a incidência . Porém, quando os asiáticos migram para os países ocidentais, a geração seguinte tem a mesma prevalência que a população branca.

3) A sua incidência aumenta após os 50 anos. É considerado um câncer da terceira idade, já que 75% dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos.

4) Estudos demonstram a presença de câncer de próstata em 30% das necropsias feitas em homens acima de 80 anos. Porém, menos de 5% desses óbitos são devido ao tumor. Ou seja, em um grande contingente de homens a doença jamais evoluirá.

5) Há dois tipos de tumores de próstata. Os que crescem rapidamente e se espalham para outros órgãos (metástases), podendo levar à morte em alguns meses, se não diagnosticados e tratados bem cedo. E os que se desenvolvem lentamente – demoram aproximadamente 15 anos para atingir 1 centímetro cúbico –, e não chegam a dar sinais durante a vida e nem ameaçar a saúde do homem. Esse segundo tipo corresponde à maioria dos casos.

“A questão é que não existe exame que nos permita saber se o tumor é do primeiro ou do segundo tipo”, adverte Lichtenstein. “Operam-se então homens sem necessidade, e a cirurgia pode causar disfunção erétil [antes denominada impotência sexual] e incontinência urinária.”

“Provavelmente tratamos mais do que seria preciso”, reconhece Glina, “e o tratamento é mutilador, e o pós-operatório, chato. Esse é o problema”.

A cirurgia chama-se prostatectomia radical. Feita com anestesia geral, remove a glândula inteira e os tecidos ao redor. Incontinência urinária é um dos riscos. A operação pode lesar a musculatura que segura a urina na bexiga. Em conseqüência, 2% a 5% perdem totalmente a capacidade de conter a urina e têm de usar fralda o tempo todo. Cerca de 10% deixam escapar um pouco quando riem, tossem ou fazem esforço e precisam usar um pequeno absorvente.

Outro risco é a disfunção erétil. Inicialmente, todos ficam impotentes. Com o tempo, 30% a 50% recuperam naturalmente a ereção. Mas em 50% a 70% a cirurgia causa disfunção erétil, já que os nervos da ereção passam ao lado da próstata e muitas vezes não dá para preservá-los. A disfunção erétil pode ser tratada com medicamentos orais, injeções no pênis e prótese peniana.

“Em alguns casos, pode ser feita radioterapia em vez da cirurgia”, avisa Glina. “A radioterapia provoca menos efeitos colaterais.”


PSA AUMENTADO NÃO SIGNIFICA SEMPRE TUMOR MALIGNO

E o PSA? E o toque retal?– muitos já devem estar cobrando.

O toque retal é o teste mais usado. Porém, como somente as porções posterior e lateral da próstata podem ser palpadas, 40% a 50% dos tumores ficam fora do seu alcance. Daí ser usado em combinação com a dosagem do PSA no sangue.

O antígeno prostático específico é produzido pelas células epiteliais da próstata e não pela célula cancerosa, especificamente. Resultado: o PSA altera-se não apenas quando há câncer, mas também prostatite e hiperplasia benigna da próstata, assim como após a ejaculação e a realização de citoscopia (endoscopia das vias urinárias).

PSA abaixo de 4 ng/ml é considerado normal. Porém, hoje se usa mais 3 a 3,5. Para alguns especialistas, resultado negativo só quando o PSA for abaixo de 2,5 ng/ml. Ou seja, não há consenso.

“Como o PSA alterado não diferencia a doença, torna-se necessária a biópsia da próstata, feita em 18 a 20 fragmentos”, afirma Glina. “Cerca de 70% dos casos não são positivos para câncer, pois o PSA é um mau marcador tumoral. Mas é o único que temos. Infelizmente, ainda não há um método melhor para separar o tumor maligno das demais doenças.”

“O PSA elevado é apenas o início do processo que pode passar pela biópsia e chegar à cirurgia”, salienta Lichtenstein. “A biópsia é incômoda e gera muita ansiedade. Se for câncer, opera-se, correndo o risco dos efeitos colaterais. Por isso, não vale a pena fazer check-up prostático anual em homens saudáveis. Acaba-se operando demais.”

“Vale a pena, sim, ‘ir atrás’ do tumor de próstata em homens saudáveis”,
reafirma Glina. “O diagnóstico precoce terá impacto na sobrevida, principalmente nos mais jovens. Já há dados no mundo todo, inclusive do DataSUS de São Paulo, mostrando que a mortalidade pelo câncer de próstata vem caindo. Isso se deve ao fato de rastrear o câncer próstata entre os homens saudáveis após os 50 anos e a partir dos 40, em quem tem história familiar desse tumor.”

“Mas se for do tipo que não mata e o indivíduo ficar apenas com os ônus da cirurgia?”, Lichtenstein vai ao x da questão. “Só tem sentido o rastreamento no dia em que houver um marcador para o tumor agressivo, ou tratamento que não deixe seqüelas ou evidências científicas de que o que tratar o câncer da próstata antes de os sintomas aparecerem faz o indivíduo viver mais ou melhor. Enquanto isso, check-up anual de próstata em homens saudáveis, sem antecedentes familiares , não deve ser política de saúde pública.”

DISCUTATUDO ISSO COM SEU MÉDICO


Sidney e Arnaldo são médicos muito competentes, atualizados e éticos. Além disso, amigos. Mas essa discussão é sem fim. É um Fla-Flu, mesmo, pelo menos por enquanto. E não estão sozinhos.

No mundo inteiro, a comunidade científica busca uma resposta consistente, definitiva, para esta pergunta: a procura de câncer de próstata em homens saudáveis, sem histórico familiar da doença, traz benefícios, reduzindo a mortalidade?

A expectativa era a de que dois grandes estudos – um europeu e outro estadunidense – com milhares de homens, divulgados em 2009, responderiam a questão. Mas não, ela continua em aberto.

O estudo estadunidense acompanhou 75 mil pacientes durante 11 anos. Concluiu que não há diferença de mortalidade entre rastrear ou não homens homens saudáveis, assintomáticos, acima dos 50 anos. Esse estudo foi contestado no mundo inteiro, pois 58% dos participantes do grupo controle fizeram o PSA por conta própria.

O estudo europeu envolveu 180 mil homens por 10 anos. Verificou que para evitar uma morte foram necessários 1.400 PSA e 50 tratamentos, dos quais 20 ou 30 ficaram impotentes. Para os epidemiologistas, é número muito alto de diagnósticos e de disfunção erétil para salvar uma vida.

Daí a US Preventive Services Task Force, a Canadian Task Force, o National Institute of Cancer, dos EUA, o Inca e o Centro de Promoção de Saúde do Hospital das Clínicas de São Paulo continuarem não recomendando a avaliação em homens aparentemente saudáveis, sem histórico familiar.

“Só se recomenda o rastreamento populacional, quando o exame é fácil de fazer, detecta a doença no início, ela é frequente e o tratamento precoce muda o curso dela”, esclarece Lichtenstein. “Isso está comprovado para hipertensão, diabetes e câncer do colo do útero. Para o câncer de próstata, ainda não.”

“Só que quando o câncer de próstata dá sintomas, a doença já se disseminou”,
alerta Glina. “Aí, o tratamento é paliativo, não há mais chance de cura.”

Diante desses prós e contras, o que fazer?

Se você tem histórico familiar de câncer de próstata, não há o que discutir. A recomendação é unânime: faça a avaliação anual a partir dos 40 anos. Isso implica toque retal e PSA.

Tendo dor, desconforto ou sintomas urinários, procure ajuda médica também, qualquer que seja a sua idade.

Se você tem 50 anos ou mais, está saudável, a decisão de fazer o check-up anual de próstata é sua. Discuta com o seu médico. Questione-os sobre os prós e contras.

O economista Carlos Vieira, 59 anos, faz desde os 50: “Fico mais tranqüilo”.

O colega de trabalho Marcos Pacheco, 57, não: “Enquanto não estiver comprovado que vale a pena em homens saudáveis, não farei. Pelo menos, até os sintomas aparecerem – se aparecerem — vou ser feliz”.

Mas qualquer que seja a sua decisão, cuidado com os espertalhões. “Tem médico que fala que opera com robô e garante 100% de potência no pós-operatório”, alerta Glina. “Isso é mentira.”

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011



com dez anos de trabalho, diversos prêmios internacionais e um público cativo, a Banda Riverdies irá realizar um espetáculo gratuito para mostrar o seu rock poderoso, hoje na Fnac do Barra Shopping (Av. Das Américas 4666), a partir das 19 horas.
Além de terem sido premiados em grandes festivais pelo país, o primeiro CD dos meninos “Dow Yard” esgotou, gerando grande surpresa para todos os integrantes.

Apresentando canções originais e alguns covers, Gui, Leo, Alex, Vic e Fil, mostrarão seu trabalho em formato acústico e haverá ainda distribuição de EP´s autografados de um som inovador, ao final do show.

Sob influências que vão do jazz ao trash metal, o grupo acredita em sua sonoridade única para apresentar seus espetáculos.
classificação livre: mais informações: 2109-2000

50 minutos com as músicas mais conhecidas do Riverdies + covers pops inéditos!

Entrada gratuita!!!

Riverdies hoje na Fnac Barra Shopping – 19:00h
www.myspace.com/filbucproductions

brasiliana org.
http://www.advivo.com.br/categoria/autor/artur-gomes

Fil Buc
Produtor Musical e Guitarrista
Infos sobre o novo Home Studio:
(21) 9611-1611

Leia mais aqui http://goytacity.blogspot.com/
inscreva-se com seu e-mail na lista:
Fnac - Série Encontros - Lista Amiga
http://listaamiga.com/fnac-serieencontros


quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

22º CINE MOSQUITO





Divino Tserewahú - Cineasta indígena da
nação Xavante.Local: Casa de José Facury

LOCAL: Casa do José Facury
Rua Geraldo de Abreu, nº 4

Rua da AMPLA – Jdim Excelcior. Cabo Frio - RJ


Data: 28.01.2011 – Sexta Feira
Hora: 20 horas

O Vigésimo Segundo Cine Mosquito terá uma exibição de filmes selecionados especialmente para as férias e o verão, em Cabo Frio. Mostraremos novidades do Cinema Cubano e também filmes do projeto Vídeo nas Aldeias. Venha com sua energia e seu idealismo para um pequeno debate no final.

Ao final faremos um debate e uma mesa compartilhada.

“TRAGA A SUA PIPOCA”!
“Os momentos de felicidade são um direito inalienável”. (Udij)

PROGRAMAÇÃO:

Model Town (Cuba)
Direção: Laímir Fano
Duração: 14 min.

5 filmes minutos de Animação (Cuba)
Fazendo paródia do Cinema Estadunidense
Direção: Jesus Rubio / Omar Proenza
Duração: 5 min.

Meruntî Kupaîkon Man – (XAVANTE)
(Vamos à Luta) – Um filme do projeto Vídeo nas Aldeias.
Direção: Divino Tserewahú
Duração: 18 minutos

Soy de Poças Palabras (CUBA)
Direção: Marcos Pimentel
Duração: 13 minutos

Traga suas idéias e vamos debater sobre:
Cinema Indígena, Cinema Cubano e outras “cositas” mais.
“TRAGA A SUA PIPOCA”!


jiddu saldanha do blog cinemosquito

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Vovó e vovô sem sede? Eles precisam de água!

de Conceição Lemes

Sempre que a vovó ou o vovô têm confusão mental, duas hipóteses atemorizam os familiares: será tumor na cabeça ou mal de Alzheimer?

Na imensa maioria dos casos não é nem um nem outro”, afirma o clínico geral Arnaldo Lichtenstein, do Hospital das Clínicas de São Paulo, professor colaborador do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da USP e um dos especialistas entrevistados no livro Saúde — A hora é Agora (leia no pé deste texto). “Os principais responsáveis são diabetes descontrolado, infecção urinária e família que passa o dia inteiro no trabalho, no shopping ou no clube, fora de casa.”

Parece brincadeira, mas não é. Constantemente vovó e vovô não têm sede e deixam de tomar líquidos. Como não há gente em casa para lembrá-los, desidratam-se com rapidez. E a desidratação no idoso tende a ser grave, afetando todo o organismo. Pode causar confusão mental abrupta, queda de pressão arterial, aumento dos batimentos cardíacos (“batedeira”), angina (dor no peito), coma e até mesmo morte.

Impossível?! Não. Ve ja por quê:

• Ao nascermos, 90% do nosso corpo é constituído de água. Na adolescência, isso cai para 70%. Na fase adulta, para 60%. Após os 60 anos, temos pouco mais de 50% de água. Isso faz parte do processo naturalde envelhecimento. Portanto, de saída, os idosos têm menor reserva hídrica.

• Mas há outro complicador. Mesmo desidratados, eles podem não sentir vontade de tomar água, pois os seus mecanismos de equilíbrio interno funcionam menos.

• Explicamos. Nós temos sensores de água em várias partes do organismo. São eles que verificam a adequação do nível. Quando o nível cai, esses detectores acionam automaticamente o “alarme”. Pouca água significa menor quantidade de sangue, de oxigênio e de sais minerais circulando nas nossas artérias e veias. De imediato, então, o corpo “pede” água. Essa informação é passada ao cérebro, a gente sentesede e sai em busca de líquidos. Nos idosos, porém, esses mecanismos atuam menos.

A detecção de falta de água corporal e a percepção de sede estão diminuídas. Alguns ainda, devido a certas doenças, como artrose avançada, evitam se movimentar até para tomar água.

• Resultado: os idosos desidratam-se facilmente não apenas porque possuem reserva hídrica menor, mas também porque sentem menos sede. Além disso, para ter desidratação grave, eles não precisam de grandes perdas — por exemplo, diarreias, vômitos ou exposição intensa ao sol. Basta o dia estar bastante quente ou a umidade do ar baixar muito. Nessas situações, perde-se mais água pela respiração e suor e, se não houver reposição adequada, é desidratação na certa. Mesmo que o idoso seja saudável, essa perda prejudica o desempenho das reações químicas e das funções de todo o organismo.

“Por isso, vovós e vovôs, se habituem a beber líquidos”, alerta Lichtenstein. Por líquido entenda-se água, sucos, chás, água de coco, leite. Sopa, gelatina e frutas ricas em água (melão, melancia, abacaxi, laranja e mexerica) também funcionam como líquido. O importante é, a cada duas horas, botar algum líquido para dentro. Lembrem-se disso!

O segundo alerta de Lichtenstein é para os familiares. Ofereçam constantemente líquidos aos idosos da casa. Lembre-lhes de que isso é vital. Ao mesmo tempo, fiquem atentos. Ao perceberem que eles estão rejeitando líquidos e, de um dia para outro, ficam confusos, irritadiços, fora do ar, atenção. É quase certo que esses sintomas sejam decorrentes de desidratação. Líquido neles e rápido para um serviço médico.

****

* O doutor Arnaldo Lichtenstein é clínico geral, médico do Hospital das Clínicas de São Paulo, professor colaborador da Faculdade de Medicina da USP e um dos 70 profissionais de saúde entrevistados por esta repórter para o livro Saúde — A Hora é agora, do qual é co autora.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Blogueiros Progressistas do RN fazem encontro com Miguel Nicolelis

O Movimento de Blogueiros Progressistas do RN receberá o neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis na próxima sexta-feira, 28 de janeiro. Nicolelis, recém-chegado ao twitter e cientista bastante engajado em causas sociais, falará sobre o tema “Redes sociais, participação política e desenvolvimento da ciência”. O evento, que será mediado pelo jornalista Sérgio Vilar, começará às 20 h, no auditório da livraria Siciliano

Para debater com Nicolelis, o professor José Luiz Goldfarb, da PUC-SP, também participará do evento através de videoconferência pela Internet. Além disso, todo seminário, que terá duração de duas horas, será transmitido via twitcam, através do perfil @blogprogRN. Os interessados em participar no local precisam se inscrever através do e-mail blogprogressistasrn@uol.com.br.
Apenas 50 pessoas poderão acompanhar o evento dentro do auditório.

Miguel Nicolelis é médico com doutorado em Ciências (Fisiologia Geral) pela Universidade de São Paulo. Atualmente é professor titular do Departamento de Neurobiologia e Co-Diretor do Centro de Neuroengenharia da Duke University (EUA), professor do Instituto Cérebro e Mente da Escola Politécnica Federal de Lausanne (Suíça) e Diretor Científico do Instituto Internacional de Neurociências de Natal Edmond e Lily Safra (IINN-ELS).

Nicolelis é considerado um dos maiores pesquisadores do planeta na área de neurociências e, por diversas vezes, lembrado para o Prêmio Nobel. Ele lidera pesquisas que podem, por exemplo, representar avanços históricos no tratamentot do Mal de Parkinson.

Já o professor José Luiz Goldfarb é graduado em em Física pela USP, mestrado em Filosofia e História da Ciência (McGill University, Canadá) e doutorado em História da Ciência pela Universidade de São Paulo. Atualmente é professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, vice-coordenador do Programa de Estudos Pós-Graduados em História da Ciência. Além disso, coordena o Twitter da PUC/SP e é presidente da Cátedra de Cultura Judaica da Universidade. É também coordenador de diversos programas de incentivo à leitura, como o “São Paulo: um Estado de Leitores”, da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, além de ser curador do Prêmio Jabuti da Câmara Brasileira do Livro.

O movimento dos Blogueiros Progressistas nasceu a partir da articulação do Centro de Mídia Alternativa Barão de Itararé. O seu primeiro encontro nacional reuniu mais de 300 blogueiros, tuiteiros, ativistas e curiosos em São Paulo nos dias 20, 21 e 22 de agosto de 2010. Os blogueiros progressistas do RN estão organizando o seu I Encontro Estadual para o período de 25 a 27 de março de 2011.


Serviço


“Redes sociais, participação política e desenvolvimento da ciência”, com prof. Miguel Nicolelis. Participação do prof. José Luiz Goldfarb e mediação do jornalista Sérgio Vilar.

Data: 28/01/2011
Local: Auditório da Livraria Siciliano (Midway Mall, em Natal/RN)
Horário: 20h
Inscrição: através do e-mail: blogprogressistasrn@uol.com.br.
Outras informações: (84) 8719 1700

fonte: http://rioblogprog.blogspot.com

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

VIII Encontro de Folias de Reis de Cardoso Moreira




Estado do Rio de Janeiro
Prefeitura Municipal de Cardoso Moreira
Secretaria Municipal de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer
Casa da Cultura Profª Leny Jales Bellieny
e-mail casadaculturaljb@gmail.com
Biblioteca Pública Municipal Elma Vieira Privatti Caldeira
Biblioteca_pmelma@hotmail.com
Rua Joel Reis, 143- Centro - Tel.(22) 99034542 (22) 27851147

DIA – 05 de Fevereiro de 2011(sábado)
Horário – início 20 horas
Local – Praça Ibrahim Assed, Centro

REGULAMENTO

Visando melhor organização do VIII ENCONTRO REGIONAL DE FOLIAS DE REIS DE CARDOSO MOREIRA, propomos algumas normas que devem ser estabelecidas e obedecidas, a fim de realizarmos uma bela festa, preservando as tradições e o respeito. Garantindo a participação de todas as folias de Reis inscritas no ENCONTRO.

Normas regulamentadoras:

1. A Folia de Reis deverá contar com no mínimo 12 (doze) componentes e no máximo 16 (dezesseis) Foliões e 01 (um) ou 02 (dois) Palhaços (totalizando o máximo de 18 componentes);

2. A Folia que não tiver o total de componentes entre o quantitativo estabelecido não participará do Encontro.

3. A Secretaria Municipal de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer/Prefeitura Municipal de Cardoso Moreira, oferecerá jantar para no máximo 18 (dezoito) componentes de cada Folia de Reis e para mais 02 (duas) pessoas como os motoristas responsáveis pelo transporte da mesma , não se responsabilizando se alguma Folia de Reis estiver composta além desse número máximo estabelecido; também oferecerá um troféu de participação e uma gratificação a cada Folia de Reis de R$ 200,00 (Duzentos Reais), sendo R$50,00 (Cinqüenta Reais) para o(s) Palhaço(s) e R$150,00 (Cento e Cinqüenta Reais) para a Bandeira.

4. Os Foliões, assim como os Palhaços, representam a sua Folia de Reis e seu município, assim sendo, não será tolerado nenhum tipo de confusão. As pessoas que se envolverem em brigas estarão ameaçando a qualidade do Encontro, por isso sua Folia de Reis estará suspensa do evento e dos próximos Encontros. Vale ressaltar que cada Folião e cada Palhaço é de inteira responsabilidade de seu mestre.

5. Em hipótese alguma será admitido que as Folias se apresentem embriagadas, assim, a Folia que estiver com Folião ou Palhaço embriagado também estará suspensa deste e dos próximos Encontros.

6. Neste ano receberemos 20 (vinte) Folias de Reis, previamente convidadas por esta Secretaria e que tenham confirmado sua participação com a antecedência determinada:
PRAZO PARA INSCRIÇÃO/ CONFIRMAÇÃO: Até o dia 28/01/2011
Secretaria Municipal de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer – Cardoso Moreira/RJ
Através do telefone (22) 27851147 ou 99034542
E-mail: casadaculturaljb@gmail.com
* ATENÇÃO: Não poderemos prorrogar essa data, pois precisamos o total de pessoas participantes para providenciar a alimentação.

* Ao confirmar sua presença, cada Folia de Reis deverá informar:
I) Nome da Folia;
II) Nome completo do Mestre;
III) Município que representa com endereço completo;
IV) Telefone de contato e e-mail;
V) Quantidade de Foliões e Palhaços e total de componentes.

7. Na Praça Ibrahim Assed/Centro/Cardoso Moreira/RJ, onde todas as Folias de Reis participantes se encontrarão a partir das 20 horas, cada Folia de Reis apresentar-se-á dentro do seguinte tempo:
* 05 (cinco) minutos para cada Folia cantar;
* 10 (dez) minutos para os Palhaços ou Palhaço; se houver 2 (dois) Palhaços, os 10 (dez) minutos serão divididos em 5 minutos para cada um;
* Após sua apresentação, a Folia de Reis receberá o troféu de participação e a gratificação, seguindo para o Ginásio Poliesportivo Nassib Assed onde será servido o JANTAR.

8. A ordem de apresentação na Praça Ibrahim Assed/Centro/Cardoso Moreira/RJ será de acordo com a ordem de chegada da Folia de Reis,com confirmação feita a Comissão do Organizadora do Evento pelo Mestre ou responsável, ficando a Comissão Organizadora do Evento autorizada a realizar alguma alteração se necessário.

11. A Secretaria Municipal de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer/Prefeitura Municipal de Cardoso Moreira não se responsabilizarão pelo transporte de nenhuma Folia de Reis.

12. Quaisquer outros casos omissos serão resolvidos pela Comissão Organização do VIII Encontro Regional de Folias de Reis de Cardoso Moreira/RJ

Secretaria Municipal de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer Rua Joel Reis, 143 – Centro – Cardoso Moreira RJ – tel.(22) 27851147 OU (22) 99034542

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

ACIDENTES ECOLÓGICOS: TRISTE DIVERTIMENTO



Por Almandrade


poema visual - Almandrade





"Quando a última árvore cair, derrubada; quando o último rio
for envenenado; quando o último peixe for pescado, só então
nos daremos conta de que dinheiro é coisa que não se come".

(Índios Amazônicos)

Os inúmeros desastres ecológicos que vem conduzindo o mundo a um estado melancólico, não passam de discursos que se acomodam tranqüilamente no cotidiano da mídia. A preocupação com o meio ambiente, com o equilíbrio ecológico é objeto de vários discursos da cultura dominante, mostrando as agressões e os perigos que nos ameaçam como uma naturalidade da era industrial. Ou um acidente apenas desagradável. Essa racionalidade que rege o progresso do mundo moderno desprezou a afetividade como uma referência para a convivência das pessoas e estabeleceu uma dicotomia entre o homem e a natureza. O homem moderno é o principal predador do seu próprio meio ambiente, o dominador da natureza.

O meio ambiente nos meios de comunicação vive sua "oralidade", mas longe da reflexão, as questões passam para o plano do discurso, mantendo a natureza como produto de consumo. A fala sobre a preservação da natureza é filtrada por interesses políticos e econômicos. Existe um cuidado da mídia em mostrar e investigar a realidade espetacularizando-a e disfarçando as causas principais. Fazendo do espectador um voyeur romântico de um divertimento triste. Nossa paixão é canalizada para saber mais sobre o fato, a denúncia, o esclarecimento minucioso e histérico da verdade, e não para reagir ao fato. O humor da sociedade capitalista se apropria de tudo, inclusive dos protestos e dos discursos sobre as agressões ao meio ambiente, para seu próprio gozo ligado ao lucro e para disfarçar responsabilidades.

São irreversíveis os danos ecológicos e acabam por apressar o tempo do próprio homem. A estupidez da economia moderna em pensar o homem como exclusivamente força de trabalho, sem sentimento e sem emoção substituiu o desejo pelo desejo de consumo e conseqüentemente a psicologia dos sujeitos.
Nunca se falou tanto sobre meio ambiente e passivamente estamos assistindo os desastres ecológicos como um acontecimento ou um destino histórico, isto é, como se o modo de produção, o modelo de desenvolvimento econômico e os interesses de classe nada tivessem a ver com os fatos em questão. Essa idéia de desenvolvimento econômico é insustentável. No desespero da ampliação produção / consumo, uma guerra é inevitável contra a natureza, a ética e quaisquer princípios de valores. No vale tudo por dinheiro não há limites.

Almandrade
(artista plástico, arquiteto e poeta) presidente da associção de Artistas Plásticos do Estado da Bahia

Um acidente
Na paisagem
Ninguém e nada
Uma árvore queimada
Madeira e homem
Solidão do mundo
Natureza ácida.

Almandrade

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Leitura e inclusão digital ao alcance de todos em Carapebus




Um dos principais temas abordados por diversos estudiosos da área educacional ao longo dos últimos anos é a leitura. Com a internet cada vez mais acessível, há uma preocupação, por parte das autoridades competentes, em relação a uma possível troca da leitura dos livros pelo conteúdo apenas veiculado na internet.

Contudo, para tentar provar que é possível utilizar-se das duas ferramentas para aprimorar o incentivo à leitura, a Biblioteca Municipal de Carapebus utiliza-se desses dois recursos, aumentando ainda mais as fontes de pesquisas dos estudantes da cidade.

De acordo com Ilma Noêmia Rosa, coordenadora da Biblioteca, atualmente, o espaço conta com um acervo de aproximadamente 6 mil livros, entre estes, enciclopédias, livros didáticos e de literatura. "Avalio sendo extremamente necessária uma biblioteca deste patamar não só para os estudantes, mas para todos aqueles que são adeptos a uma boa leitura aqui em Carapebus", afirma.

Além de oferecer livros cujos temas são dos mais variados, a Biblioteca Municipal ainda proporciona um espaço com 11 computadores, interligados à internet, com o objetivo de ampliar ainda mais o leque de opções para pesquisas, como explica Ilma. "Esses computadores servirão para fundamentar e complementar dados de livros e oferecer um maior incentivo à leitura geral, pois sabemos que tecnologia e literatura devem caminhar juntas", ressalta.



Macaé: qualidade de vida e crescimento

Morar num lugar onde há um bom Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é sonho de muita gente no Brasil. Atualmente, itens como qualidade de vida e tranquilidade para se viver fazem a diferença em muitas cidades, interferindo diretamente na migração do indivíduo brasileiro. Por isso a geração de emprego e renda é apenas um dos atrativos que Macaé tem.


Pelo menos, é o que aponta Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), que evidenciou que Macaé é o primeiro município em emprego e renda no Estado do Rio de Janeiro e um dos 15 no país com melhores condições de vida, sendo apresentado, oficialmente, aos municípios da Região Norte Fluminense, pelo presidente regional da Federação das Indústrias do Estado (Firjan), Gel Coutinho, e o chefe da Divisão de Estudos Econômicos do órgão, Guilherme Mercês.

O secretário municipal de Trabalho e Renda de Macaé, Marcos Vinícios Marins Crespo, que participou da solenidade representando o prefeito Riverton Mussi, disse que o índice do município está elevando-se ainda mais e, até outubro deste ano, empregou 43.354 trabalhadores com carteira assinada. Além disso, dos 15.698 jovens contratados no estado para o primeiro emprego formal, 4.900 foram registrados somente em Macaé, mediante convênio com a ONG Viva Rio e o Centro de Integração Empresa-Escola (Ciee), dentro do projeto Jovens Aprendizes.


"O nosso município já ocupou a 12ª posição em empregabilidade e agora é o primeiro, fruto do trabalho do governo municipal, nos últimos anos. Macaé ainda é prejudicada em emprego e renda, porque muitos trabalhadores têm suas carteiras assinadas em outras cidades, onde estão as sedes de diversas empresas instaladas no município", avaliou Marcos Crespo.

Já para Francisco Navega, de 2000 a 2010, o crescimento médio registrado em Macaé é de 3,5% ao ano e, somente em 2009, houve aumento de quase 200 novas empresas instaladas legalmente no município. "É impressionante o crescimento desta cidade que, através deste crescimento, pode gerar a sua população emprego e renda, o que se converte em uma melhor qualidade de vida", afirma.

Em Emprego e Renda, as variáveis utilizadas foram geração, estoque e salários do emprego formal; em Educação, taxa de matrícula na Educação Infantil, taxa de abandono, taxa de distorção idade-série, percentual de docentes com ensino superior, média de horas/aulas diárias e resultado do Índice de Desenvolvimento de Educação Básica (Ideb); e na Saúde, números de consultas pré-natal, óbitos infantis por causas evitáveis e por causas mal definididas.


Redação
maniadesaude@jornalmaniadesaude.com.br

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

cuba anuncia primeira vacina contra câncer de pulmão




Cuba registrou a primeira vacina terapêutica contra o câncer de pulmão avançado no mundo. De acordo com jornal oficial Trabajadores, que fez o anúncio nesta segunda-feira (10), mais de mil pacientes já estão em tratamento com a vacina nomeada CimaVax EGF.
A responsável pelo projeto, Gisela González, do Centro de Imunologia Molecular (CIM) de Havana, explicou que a vacina oferece a possibilidade de transformar o câncer avançado em uma "doença crônica controlável".
Gisela explica que a CimaVax EGF é o resultado de mais de 15 anos de pesquisa direcionada ao tumor e não provoca efeitos adversos severos.
- A vacina é baseada em uma proteína que todos temos e que está relacionada com os processos de proliferação celular. Quando há câncer, [essa proteína] está descontrolada.
Gisela explicou que, como o organismo tolera "aquilo que é seu" e reage contra "o estranho", foi preciso elaborar uma vacina que produzisse anticorpos contra essa proteína, que já é própria do organismo.
A vacina é aplicada no momento em que o paciente conclui a terapia com radioterapia e quimioterapia. Ela ajuda a controlar o crescimento do tumor sem causar toxicidade, explica a pesquisadora.
Além disso, a vacina pode ser utilizada como um tratamento "crônico que aumenta as expectativas e a qualidade de vida do paciente". A pesquisadora declarou que, após alcançar seu registro em Cuba, atualmente o CimaVax EGF "progride" em outros países. Os médicos agora esperam poder utilizar a vacina para tratar outros tumores, como os de próstata, útero e mamas.
Fonte: Portal R7 via www.arnaldovianna.net

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

festival de esquetes de são joão da barra - verão 2011

EDITAL / 2011

Art. 1 - A Prefeitura São João da Barra, através da Secretaria de Educação e Cultura, apresenta o IV Festival de Esquetes de São João da Barra / Verão 2011, com a finalidade de descobrir novos talentos no cenário Sanjoanense, bem como fazer trocas de experiências com grupos de outras cidades, divulgando e estimulando a arte teatral e levando cenas curtas de teatro para toda população interessada. Tem expectativa de atingir aproximadamente 3.000 pessoas nesta edição, além de contribuir para a formação de platéia e o gosto pelo teatro.

O Festival é uma mostra competitiva aberta à participação de grupos teatrais de todo o Brasil, amadores ou profissionais, que serão selecionados por uma comissão indicada pela organização do evento.

DA REALIZAÇÃO

Art. 2 - IV Festival de Esquetes de São João da Barra / Verão 2011 realizar-se-á de 07 de fevereiro (abertura oficial) a 11 de fevereiro (encerramento com entrega de prêmios) de 2011, no Cine Teatro São João - São João da Barra – Rio de Janeiro.

TEMA

Art. 3 - O tema é livre. Serão aceitos textos e roteiros conhecidos e/ou inéditos.

DAS INSCRIÇÕES

Art. 4 - Poderão participar do IV Festival de Esquetes de São João da Barra / Verão 2011, todos os grupos teatrais do Brasil, com quantos esquetes quiserem.

Art. 5 - As cenas inscritas poderão ser inéditas, publicadas ou já apresentadas em outros festivais.

Art. 6 - As inscrições poderão ser feitas a partir de 03 a 15 de janeiro de 2011 valendo o carimbo do correio. Não será cobrado taxa de inscrição. Não será aceita a inscrição que não atender a todas as exigências abaixo relacionada.

As inscrições, juntamente com a documentação abaixo, deverão ser enviadas para:


IV FESTIVAL DE ESQUETES DE SÃO JOÃO DA BARRA / VERÃO 2011-01-02

A/C – SILVANO MOTTA

Rua João de Souza Paes, 141 – Bairro de Fátima – São João da Barra – RJ

Cep: 28200-000


a) 01 (uma) cópia do texto do espetáculo (impresso ou em arquivo digital gravado em CD-R) – Item obrigatório;

b) DVD com a gravação do espetáculo, completo e corrido (caso o espetáculo não tenha ainda estreado, o grupo deverá enviar uma gravação de um ensaio geral) – Item obrigatório;

c) Fotografias em alta resolução (em arquivo digital gravado em CD-R) – Item obrigatório;

d) Material publicitário (em arquivo digital gravado em CD-R) – Item opcional;

e) Sinopses dos espetáculos inscritos, para a divulgação junto à imprensa (em arquivo digital gravado em CD-R) – Item obrigatório;

f) Relação contendo os nomes dos participantes, endereço, número da carteira de identidade, autorização dos pais em caso de menor de idade (impresso) – Item obrigatório;

i) 01 (uma) cópia do documento de identidade de cada membro do (impresso) – Item obrigatório;

j) Ficha de inscrição devidamente preenchida (impresso) – Item obrigatório;


§ 1º - Deverá ser enviado juntamente com material de inscrição, qualquer informação que seja impreterível para a realização da cena, quais sejam: utilização de objetos, arrumação cênica do cenário, utilização de fogo, água ou adereços gigantes, mapa de luz ou qualquer outro item especial para a realização da cena, a fim de que a organização do festival possa avaliar antecipadamente as possibilidades de viabilização do esquete no tempo e no espaço disponíveis, lembrando que este item é decisivo para a seleção dos esquetes participantes, acarretando a sua omissão em desclassificação.

§ 2º - A não apresentação de um dos itens citados no tópico anterior implicará na desclassificação automática do trabalho inscrito.

§ 3º - Os dados deverão ser corretos para preenchimento de declarações de participação (Não usar nome artístico).

§ 4º - O não envio das informações complementares poderá incorrer na não aceitação da inscrição do grupo.

§ 5º - Cada grupo se responsabilizará pelas despesas decorrentes da montagem, cenografia, figurino e transporte até o teatro.

§ 6º - Podem ser inscritos esquetes teatrais de qualquer gênero (Drama, Comédia, Musical, Épicos, Adulto, Infantil, Manipulação de Bonecos e Objetos, Sombras e outras técnicas de animação).

§ 7º - Cada esquete teatral deverá ter seu tempo determinado até 20 minutos de duração;

§ 8º - O comprovante do recibo ou carimbo dos correios valerá como prova da data-limite estabelecida.

§ 9º - Não podem inscrever-se grupos dos quais participem os jurados.

§ 10º - Não haverá cobrança de taxa de inscrição.

§ 11º - Todo o material enviado pelo grupo fará parte do acervo do Festival, não sendo, portanto, devolvido ao grupo.

§12º - Poderão inscrever-se grupos de teatro que utilizem outros espaços cênicos, desde que não acarretem mudanças de qualquer espécie da estrutura oferecida aos grupos.

§13º - O resultado da classificação dos grupos será anunciado aos inscritos e à imprensa até o dia 26 de janeiro de 2011.

DA SELEÇÃO DOS GRUPOS

Art. 7 - Haverá pré-seleção feita através da analise do material enviado pela produção do festival;

Art. 8 - O grupo selecionado que vier a cancelar a sua participação no festival, na última hora, será automaticamente impedido de participar nas duas edições subseqüentes do mesmo;

Art. 9 - Ficam a cargo da produção do Festival os critérios de seleção das peças e dos esquetes teatrais que farão parte do IV Festival de Esquetes de São João da Barra / Verão 2011.

Art. 10 - A divulgação dos espetáculos selecionados será feita no dia 26 de janeiro de 2011, através do site: www.festivaldeesquetessjb.blogspot.com e dos telefones (22) 2720-4064 e (22)9904-7189 a partir das 14 horas.

§ 1º - De acordo com as datas disponíveis para as apresentações, serão inscritos tantos grupos mais quantos forem possíveis adaptar à agenda de programação, os quais serão avisados imediatamente a fim de confirmar seu interesse e participação;

§ 2º - Atendendo ao total de vagas disponíveis para as apresentações de 2011, os grupos que tiverem enviado suas inscrições após o preenchimento das vagas, comporão uma lista de espera, sendo convidados a apresentar seu trabalho, pela ordem de classificação estabelecida pela Comissão de Pré-seleção, sempre que houver alguma desistência;

§ 3º - Todo grupo que, em virtude de quaisquer circunstâncias e/ou imprevistos, constatar que não poderá realizar sua apresentação na data determinada, deverá contatar imediatamente a comissão, através dos meios disponíveis, a fim de evitar contratempos e o comprometimento do bom andamento do Festival e oferecendo a oportunidade para que um novo grupo o substitua;

§ 4º - Cada grupo deverá eleger um representante que será o responsável pela inscrição e comunicação com a produção do evento e responderá pelos demais elementos do grupo.

DO NÚMERO DE VAGAS

Art. 13 - Fica a cargo da Comissão do Festival os critérios de seleção dos esquetes que farão parte do IV Festival de Esquetes de São João da Barra / Verão 2011, que a princípio limitam-se a 15 (quinze) grupos:


DATA
EVENTO
HORÁRIO

07/02/2011
Abertura Oficial / Apresentação competitiva de 03 (três) esquetes.
20h e 30min

08/02/2011
Apresentação competitiva de 04 (quatro) esquetes.
20h e 30min

09/02/2011
Apresentação competitiva de 04 (quatro) esquetes
20h e 30min

10/02/2011
Apresentação competitiva de 04 (quatro) esquetes
20h e 30min

11/02/2011
Encerramento com premiações
20h e 30min


Art. 14 - A Comissão de Seleção e Organização definirão a ordem de apresentações dos grupos selecionados no evento.

DAS RESPONSABILIDADES

Art. 15 - É de responsabilidade da Comissão Organizadora do Festival, sem ônus aos grupos participantes, o local das apresentações, camarins, equipamento de luz e som (solicitar a organização a descrição ou acesse: www.cineteatrosaojoao.blogspot.com;

Art. 16 - A comissão organizadora disponibilizará dormitório coletivo durante o período de realização do festival, sendo que, serão destinadas 02 (duas) vagas para cada esquete selecionado/participante;

Art. 17 - Caberá ao grupo selecionado providenciar o seu transporte até o local do evento, e deste ao seu local de origem, como também seu material de cenário;

Art. 18 - O Festival apresentará todos os esquetes teatrais rigorosamente nos horários anunciados, salvo problemas publicamente conhecidos, e como tal aceitos pela Comissão Organizadora;

Art. 19 - As portas da sala serão abertas pela Organização de Festival, impreterivelmente, quinze minutos antes do horário marcado para o início do espetáculo.

Art. 20 - A Comissão de Seleção e Organização definirão a ordem de apresentações dos grupos selecionados.

Art. 21 - Os grupos selecionados deverão apresentar-se à Comissão Organizadora no mínimo 2 horas antes da apresentação do Esquete;

Art. 22 – Os grupos selecionados poderão chegar ao local no dia estabelecido a partir das 12h. Cada grupo terá 1h e 30 min para montagem de luz e ensaio de acordo com ordem de chegada.

Art. 23 - Caberá ao grupo participante o material cênico e técnico necessário a sua cena;

Art. 24 - É da Prefeitura de São João da Barra o direito de registro de imagens (filmagem e fotografias) dos grupos para arquivo e divulgação do evento.

DAS PREMIAÇÕES

Art. 25 - Os espetáculos concorrerão nas seguintes categorias, com as respectivas indicações e premiações:

• Melhor Esquete – troféu e R$ 1.000,00 (Mil Reais)

• 2.º lugar Melhor Esquete – troféu e R$ 500,00 (Quinhentos Reais)

• Melhor Esquete – Juri Popular - troféu e R$ 500,00 (Quinhentos Reais)

• Melhor Direção – troféu e R$ 200,00 (duzentos Reais)

• Melhor Ator – troféu e R$ 100,00 (Cem Reais)

• Melhor Atriz – troféu e R$ 100,00 (Cem Reais)

• Melhor Texto - troféu

• Melhor Figurino - troféu

• Melhor Maquiagem - troféu

• Melhor Concepção Sonora - troféu

•Melhor Cenário – troféu

• Prêmio Especial do Júri – troféu

DA COMISSÃO JULGADORA

Art. 26 – Será constituída 01 (uma) Comissão Julgadora, que contará com um total de 03 (três) integrantes. A Comissão será direcionada a avaliação de cada categoria envolvida no Festival. Todos os jurados deverão, preferencialmente, ligados às atividades técnicas envolvidas no contexto do Festival: interpretação, direção, encenação, autoria, técnica teatral (luz, som, cenários e figurinos) ou ensino, nas áreas de artes e comunicação, cabendo ainda profissionais ligados à área cultural, tais como produtores e afins.

DA AVALIAÇÃO

Art. 27 - Os jurados farão anotações e observações, para cada quesito, na Ficha de Avaliação. Este documento será guardado para a compilação dos dados e classificação final, ao término das apresentações oficiais de todos os grupos dentro do Festival.

DO CRITÉRIO DE JULGAMENTO

Art. 28 - A Comissão Julgadora levará em consideração os seguintes critérios:

- Proposta de Montagem executada,

- Rendimento dos atores,

- Excelência de produção,

- Pontualidade.

DA ABERTURA E DO ENCERRAMENTO

Art. 29 - A Cerimônia de Abertura do Festival acontecerá no Cine Teatro São João de São João da Barra, em 07 de fevereiro de 2011 às 20h e 30min.

Art. 30 - Após a Cerimônia de Abertura, o Festival terá continuidade ao longo da semana.

Art. 31 - A Cerimônia de Premiação e encerramento do Festival será realizada no Cine Teatro São João em São João da Barra, em 11 de fevereiro de 2011 às 20h e 30min.

DAS DECLARAÇÕES DE PARTICIPAÇÃO

Art. 32 - Serão emitidas declarações de participação a todos os integrantes dos grupos participantes do festival;

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 33 - Cabe à comissão julgadora e à Coordenação do Festival fazer cumprir as normas estabelecidas neste regulamento e deliberar sobre qualquer tema nele não especificado, sendo suas decisões irrecorríveis.



ficha de inscrição aqui: http://festivaldeesquetessjb.blogspot.com

São João da Barra, janeiro/ 2011

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

ANTONIO GRASSI NA FUNARTE - MINC



Começa a formação do segundo escalão nos Ministérios.
No MINC a Ministra Ana de Hollanda acaba de indicar o companheiro Antonio Grassi - ator, e colega da Rede Record - para ocupar a FUNARTE.
Indicado, Grassi já aceitou.

Uma ótima indicação , já que Antonio Grassi havia ocupado anteriormente a mesma presidência da Funarte, no primeiro governo Lula, e está portanto familiarizado não só com os trâmites burocráticos e administrativos do cargo, bem como conhece as avenidas e ruas que levam aos produtores de arte e cultura no País.

Foi Grassi quem no primeiro governo convocou os gestores culturais para em tele conferência nacional (uma modernidade e ousadia para 8 anos atrás na nossa área) elaborarem uma política cultural para o Ministério.

Sob sua gestão aconteceram inúmeras reuniões nacionais, regionais e locais para a elaboração das políticas públicas e reestruturação da área cultural.
Seja bem vindo companheiro Antonio Grassi, e que seja muito produtiva mais esta gestão sua à frente da FUNARTE.

fonte: http://blogdobemvindo.blogspot.com/2010/12/antonio-grassi-na-funarte-minc.html?spref=tw

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terça-feira, 4 de janeiro de 2011

MINISTRA DA CULTURA DO BRASIL

Discurso de posse proferido pela nova ministra da Cultura, Ana de Hollanda.

Excelentíssimos Srs. ministros e ministras, senadores e deputados, demais autoridades presentes, caríssimos servidores do Ministério da Cultura do Brasil,

Minhas amigas, meus amigos, boa tarde.

Antes de mais nada, quero dizer que é com alegria que me encontro aqui hoje. Uma espécie de alegria que eu talvez possa definir como uma alegria densa. Porque este é, para mim, um momento de emoção, felicidade e compromisso.

Sinto-me realmente honrada por ter sido escolhida, pela presidenta Dilma Rousseff, para ser a nova ministra da Cultura do meu país.

Um momento novo está amanhecendo na história do Brasil – quando, pela primeira vez, uma mulher assume a Presidência da República. Por essa razão, me sinto também privilegiada pela escolha. Também é a primeira vez que uma mulher vai assumir o Ministério da Cultura. E aqui estou para firmar um compromisso cultural com a minha gente brasileira.

Durante a campanha presidencial vitoriosa, a candidata Dilma lembrou muitas vezes que sua missão era continuar a grande obra do presidente Lula. Mas nunca deixou de dizer, com todas as letras, que "continuar não é repetir".

Continuar é avançar no processo construtivo. E quando queremos levar um processo adiante, a gente se vê na fascinante obrigação de dar passos novos e inovadores. Este será um dos nortes da nossa atuação no Ministério da Cultura: continuar – e avançar.

A política cultural, no governo do presidente Lula, abriu-se em muitas direções. O que recebemos aqui, hoje, é um legado positivo de avanços democráticos. É a herança de um governo que se compenetrou de sua missão de fomentador, incentivador, financiador e indutor do processo de desenvolvimento cultural do país.

Sua principal característica talvez tenha sido mesmo a de perceber que já era tempo de abrir os olhos, de alargar o horizonte, para incorporar segmentos sociais até então desconsiderados. E abrigar um conjunto maior e mais variado de fazeres artísticos e culturais. Em consequência disso, muitas coisas, que andavam apagadas, ganharam relevo: grupos artísticos, associações culturais, organizações sociais que se movem no campo da cultura. E se projetou, nas grandes e médias cidades brasileiras, o protagonismo colorido das periferias.

É claro que vamos dar continuidade a iniciativas como os Pontos de Cultura, programas e projetos do Mais Cultura, intervenções culturais e urbanísticas já aprovadas ou em andamento – como as ações urbanas previstas no PAC 2, com suas praças, jardins, equipamentos de lazer e bibliotecas. E as obras do PAC das Cidades Históricas, destinadas a iluminar memórias brasileiras. Enfim, minha gestão jamais será sinônimo de abandono do que foi ou está sendo feito. Não quero a casa arrumada pela metade. Coisas se desfazendo pelo caminho. Pinturas deixadas no cavalete por falta de tinta.

Quero adiantar, também, que o Ministério da Cultura vai estar organicamente conectado – em todas as suas instâncias e em todos os seus instantes – ao programa geral do governo da presidenta Dilma. Às grandes metas nacionais de erradicar a miséria, garantir e expandir a ascensão social, melhorar a qualidade de vida nas cidades brasileiras, promover a imagem, a presença e a atuação do Brasil no mundo. A chama da cultura e da criatividade cultural brasileira deverá estar acesa no coração mesmo de cada uma dessas grandes metas.

Erradicar a miséria, assim como ampliar a ascensão social, é melhorar a vida material de um grande número de brasileiros e brasileiras. Mas não pode se resumir a isso. Para a realização plena de cada uma dessas pessoas, tem de significar, também, acesso à informação, ao conhecimento, às artes. É preciso, por isso mesmo, ampliar a capacidade de consumo cultural dessa multidão de brasileiros que está ascendendo socialmente.

Até aqui, essas pessoas têm consumido mais eletrodomésticos – e menos cultura. É perfeitamente compreensível. Mas a balança não pode permanecer assim tão desequilibrada. Cabe a nós alargar o acesso da população aos bens simbólicos. Porque é necessário democratizar tanto a possibilidade de produzir quanto a de consumir.

E aproveito a ocasião para pedir uma primeira grande ajuda ao Congresso, aos senadores e deputados agora eleitos ou reeleitos pela população brasileira: por favor, vamos aprovar, este ano, nesses próximos meses, o nosso Vale Cultura, para que a gente possa incrementar, o mais rapidamente possível, a inclusão da cultura na cesta do trabalhador e da trabalhadora. Cesta que não deve ser apenas "básica" – mas básica e essencial para a vida de todos. Em suma, o que nós queremos e precisamos fazer é o casamento da ascensão social e da ascensão cultural. Para acabar com a fome de cultura que ainda reina em nosso país.

A mesma e forte chama da cultura e da criatividade do nosso povo deve cintilar, ainda, no solo da reforma urbana e no horizonte da afirmação soberana do Brasil no mundo. Arquitetura é cultura. Urbanismo é cultura. Na visão tradicional, arquitetura e urbanismo só são "cultura" quando a gente olha para trás, na hora de tombamentos e restaurações. Isso é importante, mas não é tudo. Arquitetura e urbanismo são cultura, também, no momento presente de cada cidade e na criação de seus desenhos e possibilidades futuras. Hoje, diante da crise geral das cidades brasileiras, isso vale mais do que nunca.

O que não significa que vamos passar ao largo da vida rural, como se ela não existisse. O campo precisa de um "luz para todos" cultural.

De outra parte, o Ministério da Cultura tem de realmente começar a pensar o Brasil como um dos centros mais vistosos da nova cultura mundial.

Quero ainda assumir outro compromisso, que me alegra ver como uma homenagem ao nosso querido Darcy Ribeiro. Estaremos firmes, ao lado do Ministério da Educação, na missão inadiável de qualificar o ensino em nosso país. Se o Ministério da Educação quer mais cultura nas escolas, o Ministério da Cultura quer estar mais presente, mediando o encontro essencial entre a comunidade escolar e a cultura brasileira. Um encontro que há muito o Brasil espera – e onde todos só temos a ganhar.

Pelo que desde já se pode ver, o Ministério da Cultura, na gestão de Dilma Rousseff, não será uma senhora excêntrica, nem um estranho no ninho. Vai fazer parte do dia-a-dia das ações e discussões. Vai estreitar seus laços de parentesco no espaço interno do governo. Mas, para que tudo isso se realize, na sua plenitude, não podemos nos esquecer do que é mais importante.

Tudo bem que muita gente se contente em ficar apenas deslizando o olhar pela folhagem do bosque. Mas a folhagem e as florações não brotam do nada. Na base de todo o bosque, de todo o campo da cultura, está a criatividade. Está a figura humana e real da pessoa que cria. Se anunciamos tantos projetos e tantas ações para o conjunto da cultura, se aceitamos o princípio de que a cultura é um direito de todos, se realçamos o lugar da cultura na construção da cidadania e no combate à violência, não podemos deixar no desamparo, distante de nossas preocupações, justamente aquele que é responsável pela existência da arte e da cultura.

Visões gerais da questão cultural brasileira, discutindo estruturas e sistemas, muitas vezes obscurecem – e parecem até anular – a figura do criador e o processo criativo. Se há um pecado que não vou cometer, é este. Pelo contrário: o Ministério vai ceder a todas as tentações da criatividade cultural brasileira. A criação vai estar no centro de todas as nossas atenções. A imensa criatividade, a imensa diversidade cultural do povo mestiço do Brasil, país de todas as misturas e de todos os sincretismos. Criatividade e diversidade que, ao mesmo tempo, se entrelaçam e se resolvem num conjunto único de cultura. Este é o verdadeiro milagre brasileiro, que vai do Círio de Nazaré às colunatas do Palácio da Alvorada, passando por muitas cores e tambores.

Sim. A riqueza da cultura brasileira é um fato que se impõe mesmo ao mais distraído de todos os observadores. Já vai se tornando até uma espécie de lugar comum reconhecer que a nossa diversidade artística e cultural é tão grande, encantadora e fascinante quanto a nossa biodiversidade. E é a cultura que diz quem somos nós. É na criação artística e cultural que a alma brasileira se produz e se reconhece. Que a alma brasileira brilha para nós mesmos – e rebrilha para o mundo inteiro.

E aqui me permitam a nota pessoal. Mas é que não posso trair a mim mesma. Não posso negar o que vi e o que vivi. Arte e cultura fazem parte – ou melhor, são a minha vida desde que me entendo por gente. Vivência e convivência íntimas e já duradouras. Nasci e cresci respirando esse ar. Com todos os seus fluidos, os seus sopros vitais, as suas revelações, os seus aromas, as suas iluminuras e iluminações… E nesse momento eu não poderia deixar de agradecer ao meu pai e à minha mãe, que me abriram a mente para assimilar o sentido de todas as linguagens artísticas e culturais. É por isso mesmo que devo e vou colocar, no centro de tudo, a criação e a criatividade. O grande, vivo e colorido tear onde milhões de brasileiros tecem diariamente a nossa cultura.

A criatividade brasileira chega a ser espantosa, desconcertante, e se expressa em todos os cantos e campos do fazer artístico e cultural: no artesanato, na dança, no cinema, na música, na produção digital, na arquitetura, no design, na televisão, na literatura, na moda, no teatro, na festa.

Pujança – é a palavra. E é esta criatividade que gira a roda, que move moinhos, que revela a cara de tudo e de todos, que afirma o país, que gera emprego e renda, que alegra os deuses e os mortais. Isso tem de ser encarado com o maior carinho do mundo. Mas não somente com carinho. Tem de ser tratado com carinho e objetividade. E é justamente por isso que, ao assumir o Ministério da Cultura, assumo também a missão de celebrar e fomentar os processos criativos brasileiros. Porque, acima de tudo, é tempo de olhar para quem está criando.

A partir deste momento em que assumo o Ministério da Cultura, cada artista, cada criadora ou criador brasileiro, pode ter a certeza de uma coisa: o meu coração está batendo por eles. E o meu coração vai saber se traduzir em programas, projetos e ações.

Sei que, neste momento, a arte e a cultura brasileiras já nos brindam com coisas demais à luz do dia, à luz da noite, em recintos fechados e ao ar livre. E vamos estimular e fortalecer todas elas. Objetivamente, na medida do possível. E subjetivamente, na desmedida do impossível. Mas sei, também, que coisas demais ainda estão por vir, das extensões amazônicas à amplidão dos pampas, passeando pelos assentamentos da agricultura familiar, por fábricas e usinas hidrelétricas, por escolas e canaviais, por vilas e favelas, praias e rios – entre o computador, o palco e a argila. Porque, no terreno da cultura, para lembrar vagamente, e ao inverso, um verso de Drummond, todo barro é esperança de escultura.

É preciso descentralizar, sim. Mas descentralizar sem deserdar. É preciso dar formação e ferramentas aos novos. Mas garantindo a sustentação objetiva dos seus fazeres. Porque, como disse, muita coisa ainda se move em zonas escuras ou submersas, sem ter meios de aflorar à superfície mais viva de nossas vidas. É preciso explorar essas jazidas. Explorar a imensa riqueza desse "pré-sal" do simbólico que ainda não rebrilhou à flor das águas imensas da cultura brasileira.

Por tudo isso é que devo dizer que a atuação do Ministério da Cultura vai estar sempre profundamente ligada às raízes do Brasil. Pois só assim vamos nos entender a nós mesmos. E saber encontrar os caminhos mais claros do nosso futuro.

Minhas amigas e meus amigos, antes de encerrar, quero me dirigir às trabalhadoras e aos trabalhadores deste Ministério. De uma forma breve, mais breve do que gostaria, mas a gente vai ter muito mais tempo para conversar. De momento, quero apenas dizer o seguinte: seremos todos, aqui, servidores realmente públicos. Vou precisar, passo a passo, da dedicação de todos vocês. Vamos trabalhar juntos, somar esforços, multiplicar energias, das menores tarefas cotidianas, no dia-a-dia deste Ministério, às metas maiores que desejamos realizar em nosso país.

Em resumo, é isso. O que interessa, agora, é saber fazer. Mas, também, saber escutar. Quero que a minha gestão, no Ministério da Cultura, caiba em poucas palavras: saber pensar, saber fazer, saber escutar. Mas tenho também o meu jeito pessoal de conduzir as coisas. E tudo – todas as nossas reflexões, todos os nossos projetos, todas as nossas intervenções –, tudo será feito buscando, sempre, o melhor caminho. Com suavidade – e firmeza. Com delicadeza – e ousadia.

Mas, volto a dizer, e vou insistir sempre: com a criação no centro de tudo. A criação será o centro do sistema solar de nossas políticas culturais e do nosso fazer cotidiano. Por uma razão muito simples: não existe arte sem artista.

Muito obrigada.
Ana de Hollanda