segunda-feira, 9 de maio de 2011

Proteja seus rins, salve seu coração









Pouca gente sabe, mas uma das grandes causas do absenteísmo no Brasil não está relacionada à malemolência, muito menos aos excessos de compromissos no dia a dia. A ausência de trabalhadores, em muitas partes do país, se deve, antes, a algum tipo de problema renal, que, segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), atinge mais de 10 milhões de pessoas atualmente.


A queixa mais comum dessa parcela da população é a cólica renal, conhecida como a "dor maior que a do parto". Talvez essa popularidade tenha provocado alguns mitos em torno do problema. Um deles é a ideia de que a origem do cálculo está no hábito alimentar. Mas, segundo o nefrologista Dr. Valdebrando Lemos, isso não passa de uma lenda. "É um equívoco acreditar que os hábitos alimentares sejam causadores de cálculo renal. O fator dietético é o menos importante", diz.

Segundo o especialista, vários fatores podem desencadear o cálculo renal, sobretudo a hereditariedade. Mas o importante mesmo é a realização de uma avaliação médica. "Para descobrir as causas, é preciso fazer uma avaliação metabólica da litíase, por meio de exame de sangue e de urina. No entanto, poucos médicos fazem. Muitos deles apenas limitam a dor, sem procurar a causa. Por isso é importante uma procura dos pacientes por uma avaliação, pois só assim se chega ao tratamento adequado", explica.

Afora cada tratamento, alguns cuidados gerais devem ser tomados, como a ingestão de pelo menos 2,5 l de líquido por dia, além de um consumo equilibrado de sal e de carnes vermelhas, que provocam uma maior formação de cálculo. A indicação também é importante para os jovens, que, em sua maioria, costumam ser negligentes. "Cálculo renal não é frequente nos jovens, mas não é raro. É bom estar atento", lembra.

E o que dizer do famoso "chá quebra-pedra", tão buscado por aqueles que sofrem de cálculo renal? "A Escola Paulista de Medicina realizou estudos experimentais em que o ‘quebra-pedra’ ajudou na eliminação de cálculo", diz Dr. Valdebrando. "Não há, porém, comprovação em relação aos humanos", pondera. "Mas eu costumo dizer que, se a pessoa toma o chá, ela está ingerindo líquido. Talvez seja esse o diferencial no seu tratamento. Porém o importante mesmo é se cuidar e buscar avaliação médica. Não há outra forma de lidar com esse problema", finaliza.


Redação

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