segunda-feira, 9 de maio de 2011

Uma conquista cantada há 20 anos

Ao longo dos últimos meses, o Mania de Saúde vem percebendo uma mudança de postura, por parte da população em geral, quanto ao hábito da automedicação. Depois de entrar em vigor a determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que só permite a venda de antibióticos com a apresentação de receita médica em duas vias, sendo uma delas de propriedade da farmácia, o combate à automedicação ficou ainda mais reforçado, relembrando uma campanha histórica do Mania de Saúde desde sua criação, há 20 anos, quando começou a alertar toda a região sobre os perigos dessa prática.

Como bem sabe o nosso público leitor, não foram poucas as matérias que abordaram os riscos desse hábito que tanto preocupa a saúde brasileira e que, agora, pode realmente se modificar, diante da vigilância dos órgãos competentes. Os benefícios, por sua vez, são inúmeros: ganha a sociedade, que vê reduzida a incidência de problemas de saúde, e ganham os médicos, que veem seu trabalho valorizado e suas preocupações com as doenças sendo levadas a sério.

Na opinião da Dra. Angela Regina Rodrigues Vieira, presidente da Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia (SFMC), o que de fato é relevante, em todo esse processo, é o combate definitivo à automedicação, cuja realidade já era preocupante para a saúde pública. "Todo esse rigor com as receitas é muito importante e valoriza o trabalho do médico, sim. Mas o que realmente importa é acabar com esse uso indiscriminado de medicamentos, como os antibióticos, por exemplo, porque, se tomados sem orientação médica, podem levar a infecções e problemas mais graves", alerta Dra. Angela.

Dentro desse contexto, segundo ela, torna-se importante, também, uma maior vigilância por parte da própria sociedade, para que ela absorva a importância de medidas como as da Vigilância Sanitária. "Sou totalmente favorável a um cuidado maior com esse uso indiscriminado. O cidadão não pode chegar à farmácia e levar o que quiser. Com o aumento desse rigor, quem sai ganhando não são apenas os médicos, mas toda a sociedade e a saúde pública. Espero que a sociedade entenda isso de uma vez por todas", opina.


Redação
maniadesaude@jornalmaniadesaude.com.br

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