quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

a traição das metáforas




A Traição das Metáforas

1.      enquanto as palavras gritam seu silêncio no fundo do poço eu digo que não calo falo que dois mil e treze já chegou como cachorro louco mesmo não sendo ainda agosto a fera vozifera entre quatro paredes suas bestialidades querendo o aplauso que não tem federika está de rosa trazendo na bandeira a velha sigla: não sou da lapa e não me peçam enredo novo nas escolas para o próximo carnaval 


2.    viver é um poema processo me disse moacy cirne no balaio vermelho quando matou chico doido de caicó cinelândia em polvorosa na noite do velório federika nua engarrafava o trânsito na porta do teatro municipal enq2uanto no presídio federal dos goytacazes macabea ensaiava em vão a estrela que não sobre federico roubava a cena nas escadarias da câmara dos vereadores com baudelaire em sua lira do delírio: entre a pele e a flor no asco com meia sola no sapato meu vapor mais que barato industrial e infonáutico entre a pele de zinco e o cabelo mar de indecifrável plástico por ente os bronzes do teu pelo entre a flor e o vaso de barro na home page ou no carro na camisinha de vênus vírus h corroendo em vita plus ou na sala meu olho gótico TVendo brazilírica lâmpada fala por um fio ou tanto quase cento e dez em cada fase não sendo assim acaba sendo debaixo da saca a escada torta pássaro sem teto acima do delírio coração de porco crava no oco da noite a faca cega punhal de cinco estrelas na constelação do cão maior por onde ursula nua passeia dédala de dandi deusa de dali lua de dadá no coração do pintor sem fronteiras debaixo do pé de abóbora acima do pé de cajá malásia não é aqui espanha não alé mar salvador não é dali itamarati itamaracá constelação ursa menor pra dadá meu coração pra dedé não sou cantor quando quero quero mesmo espuma nylon pele tecido isopor

artur gomes

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