terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Você sabe o que é alimentação enteral?

Problemas com a nutrição podem ser evitados pela maioria das pessoas, mas há situações em que isso não depende unicamente de nós. Sofrer um AVC, um acidente traumático ou vivenciar outras situações em que não conseguimos nos alimentar por conta própria geralmente demonstra a necessidade de uma alternativa para nutrir o corpo, e é por isso que existe a nutrição enteral. 

De acordo com a nutricionista Samira Salomão, que atua no Hospital Escola Álvaro Alvim (HEAL), a nutrição enteral é de suma importância na área da saúde e sua utilização é mais recorrente do que se imagina. “Ela se baseia numa alimentação que é conduzida por meio de cateter quando o paciente não tem condições de mastigar e engolir a quantidade suficiente para se nutrir. Em geral, são pessoas que sofreram os efeitos de alguma patologia, como acidente vascular encefálico (AVE) ou acidente vascular cerebral (AVC), pacientes com disfagia, pacientes em coma ou entubados, estando todos com o trato gastrointestinal funcionando, pois, se não, não há digestão”, revela a profissional. 

Realizada para substituir ou completar a alimentação oral em pacientes desnutridos ou não, conforme as necessidades nutricionais, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando à síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas, conforme a definição do Ministério da Saúde, a alimentação enteral tem obtido enormes benefícios com o avanço tecnológico, o que torna ainda mais segura para quem necessita desse tipo de dieta. “Hoje, nos hospitais, existem dietas enterais com sistema fechado, que garante o controle do gotejamento através de bombas de infusão, evitando a manipulação e diminuindo o risco de contaminação, pois ela já vem pronta. São dietas balanceadas e especialmente elaboradas para atender as necessidades de cada paciente”, disse Samira. “Além disso, os materiais disponíveis no mercado são excelentes, os cateteres, por exemplo, são flexíveis e incomodam menos. Às vezes, o paciente está consciente, e um material desse tipo faz toda a diferença”, acrescentou. 

Outra questão relevante, segundo a profissional, é a higienização, sobretudo nas dietas enterais no ambiente caseiro, em que a orientação familiar é fator primordial para o sucesso da alimentação. “A higiene adequada para manipular o alimento é um cuidado fundamental a se ter com o paciente, e as famílias devem receber toda a orientação necessária. A alimentação enteral possui uma importância inimaginável para a vida de quem a necessita. Por isso, a necessidade de acompanhamento e de higiene”, completou Samira.
fonte: www.maniadesaude.com.br

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