terça-feira, 29 de junho de 2010

Dunga critica obrigação de trocar isolamento por confusão na reta final da Copa

Alexandre Sinato, Bruno Freitas e Mauricio Stycer
Em Johanesburgo (África do Sul)
fonte: www.uol.com.br


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No dia 27 de maio, a seleção brasileira chegou a Johanesburgo e correu para o novo hotel Fairway, localizado num clube de golfe e totalmente isolado. O prédio ficou todo reservado para o Brasil, uma verdadeira fortaleza contra badalação e distrações. Na reta final da Copa, porém, a seleção será obrigada a usar “hotéis Fifa”. E Dunga não gostou nada disso, como deixou claro nesta segunda-feira após a vitória por 3 a 0 sobre o Chile pelas oitavas de final.

“Isso interfere no nosso trabalho, porque estávamos muito bem acomodados e tranquilos em um ambiente saudável. Era tudo muito favorável para a preparação de uma seleção, mas agora temos que conviver com hotéis movimentados, com mais gente e mais confusão. Temos que superar essa situação”, argumentou Dunga.

Todas as equipes classificadas às quartas de final precisam utilizar apenas hotéis escolhidos pela Fifa. Em Johanesburgo, por exemplo, o Brasil provavelmente usará uma opção em Sandton, bairro luxuoso e badalado. No entanto, a equipe só joga novamente na cidade numa eventual decisão da Copa.

As quartas de final estão marcadas para Port Elizabeth. A semi será na Cidade do Cabo. A CBF ainda não divulgou como será a programação da equipe. Não se sabe se a seleção, em caso de vitória sobre a Holanda, irá direto para a Cidade do Cabo ou se tentará retornar para Johanesburgo, mesmo sem sua fortaleza.

Desde que desembarcou na África do Sul, Dunga tirou a equipe do Fairway em três oportunidades: para os amistosos contra Zimbábue e Tanzânia e para o duelo com Portugal, em Durban, na última sexta-feira. Em todos os casos, a seleção ficou o menor tempo possível longe de seu quartel-general.

“Vamos pensar jogo a jogo. Agora só pensamos na Holanda. Para nós seria melhor permanecer no hotel onde estamos, com melhores condições de repouso e treino, mas teremos que passar para outra realidade”, emendou Dunga, reforçando seu descontentamento.

O temor do treinador é o forte assédio sobre os jogadores e como isso pode afetar negativamente a equipe justamente no momento mais importante da Copa. Se dependesse dele, os atletas respirariam futebol 24 horas por dia.

“No nosso hotel os jogadores ficam concentrados só com membros da seleção e falando o dia todo de futebol”, completou Dunga.

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