por Conceição Lemes em VioMundo
Mens sana in corpore sano –mente sã em corpo são. Vocês já leram ou ouviram em latim ou português essa célebre máxima. É do poeta romano Juvenal (60-130 d.C), que, para criá-la, recorreu aos manuscritos de Hipócrates (460 a 377 a.C). Muito lá trás, o Pai da Medicina antevia o que a ciência só recentemente demonstrou.
“A atividade física beneficia não apenas a saúde física, a mental também”, afirma a psiquiatra Laura Helena Andrade, responsável pelo Núcleo de Epidemiologia do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas e professora colaboradora da Faculdade de Medicina da USP. “Está comprovado que ela é eficaz tanto na prevenção quanto no tratamento da depressão.”
Mas antes de ter mais detalhes, é importante saber que a depressão é uma doença comum. Hoje em dia, basta juntar dez mulheres, e terá esta “foto”: duas a três têm, tiveram ou terão o problema. Em caso de dez homens, um a dois aparecerão no “filme”.
O retrato é mundial. A depressão afeta 20% a 30% da população adulta. Segundo pesquisa da Universidade de Harvard, as doenças mentais causam metade dos 1,3 bilhão de dias/ano de afastamentos do trabalho nos Estados Unidos, sendo a depressão a principal responsável. Quadro semelhante ocorre entre os funcionários do Hospital das Clínicas de São Paulo: 45% das licenças médicas devem-se à depressão.
Ela provoca prejuízos duros e doídos. As perdas vão desde dias de trabalho, emprego, bom humor, qualidade de vida e alegria de viver até fim de relacionamentos. Tem mais. Ninguém está livre de ter uma crise um dia.
Logo, prevenir a depressão interessa a todas e todos. Pesquisas de longo prazo demonstram que a atividade física evita o aparecimento de sintomas depressivos em jovens, adultos e idosos, além de melhorar o humor e o bem-estar. Parece ainda reduzir o risco do Mal de Alzheimer e demência senil no futuro. Já em quem tem depressão, ajuda no tratamento.
“É um recurso adjuvante à medicação (os antidepressivos) e à psicoterapia”, salienta a doutora. “Os resultados surgem seis a oito semanas após o início dos exercícios regulares.”
Outra grande vantagem é diminuir as recaídas. Quem tem um episódio depressivo, tem 50% de risco de apresentar um segundo. Se dois, a probabilidade de um terceiro sobe para 70% a 80%. Em caso de três, o perigo de outras crises ultrapassa os 90%. Conseqüentemente é vital investir na prevenção de novas crises. É a chamada prevenção secundária.
Conclusão: os exercícios funcionam – mesmo! — na depressão. O que a ciência ainda não desvendou totalmente são os mecanismos que propiciam tais ganhos. Aparentemente, eles aumentam a liberação pelo cérebro de substâncias, como a serotonina (melhora humor e bem-estar) e as endorfinas (aliviam tensão e ansiedade).
Agora, para conquistá-los, há uma condição: a atividade física tem que ser regular. O ideal, quatro a cinco vezes por semana durante meia hora. Vale o que você preferir ou estiver ao seu alcance: caminhada, corrida, esteira, bicicleta, natação, exercícios com pesinhos, dança, ioga.
Tanto que a doutora Laura prescreve a todos os meus pacientes. Àqueles saudáveis, sem doenças, é sugestão, visando proteger-lhes mais a saúde mental e física. Já para quem tem depressão, é “remédio” obrigatório, que complementa os antidepressivos e/ou a psicoterapia. Potencializa, inclusive, os efeitos de ambos.
A depressão é problema de saúde como outro qualquer. No Brasil, atinge cerca de 20 milhões de pessoas. Quanto mais precoce o diagnóstico e o tratamento, menor o risco de voltar. Portanto, se você se sente triste ou infeliz, sem esperança no futuro, com vontade freqüente de chorar, atenção: talvez seja “ela”. Não se envergonhe, busque ajuda logo.
E mexa-se– sempre! Ninguém está livre de ter uma crise depressiva. Sua cabeça e seu corpo só lucrarão.
Dicas da Pelle
Dra. Ana Pellegrini participou do International Master Course on Aging Skin (IMCAS), realizado em Paris, de 08-11 janeiro de 2010. Este evento mais uma vez mostrou-se dispor de uma plataforma de alto nível para o intercâmbio científico, abrangendo todos os aspectos relativos à prevenção e tratamento do envelhecimento cutâneo. Dra Ana comenta:
"Este ano tivemos o prazer de estar com mais de 3 200 inscritos vindos de 40 países diferentes. A nanotecnologia será a grande tendência em dermocosméticos, inclusive para toxina botulínica. Foram lançados novos clareadores e preenchedores de rugas, como o Emervel (da Galderma), que deve chegar ao Brasil este ano ainda. Novidades do congresso sendo disponobilizadas na PELLE:
DERMAROLLER
ICE MASK
SERINGA ELETRÔNICA
POWER PACTH
: Impulsos elétricos anti-idade: íons de cobre e zinco provocando estímulos elétricos galvânicos na pele, para promover o estímulo de fibroblastos e conseqüente produção de colágeno.: aparelho que permite injeção fracionada de doses programadas para os profissionais que estão iniciando na aplicação de toxina botulínica: máscara para uso pós-procedimentos dermatológicos, que produz alívio rápido na dor e hidrata a pele. Indicada pós- peelings, mesoterapia, toxina botulínica e laser é um aparelho estético para tratamentos de pele, constituído por um rolo com microagulhas,com 192 agulhas que estimulam a produção de colágeno da pele, sem os danos inerentes aos tratamentos de laser. Tratamento recomendado para atenuar estrias, rugas, antienvelhecimento, cicatrizes leves, ou cicatrizes causadas por acne
Dra. Ana Maria Pellegrini
Dermatologista e responsável técnica pela PELLE
fonte: www.jornalmanidesaude.com.br
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