terça-feira, 11 de outubro de 2011

O futuro nas salas de aula

A partir do ano que vem, os alunos de escolas públicas do país vão contar com mais um reforço no material escolar: um tablet


O professor entra na sala de aula, cumprimenta os alunos e projeta via datashow um conteúdo da internet. Nas carteiras, os alunos não têm livros, cadernos ou canetas: apenas um tablet, no qual acessam a informação em tempo real, fazem anotações e marcam o capítulo do livro para leitura na aula seguinte.

Cenas como essa podem parecer um privilégio de países de primeiro mundo. No entanto, elas já estão se tornando realidade em escolas e universidades brasileiras. Pouco mais de um ano depois do lançamento dos tablets, começa a crescer o número de instituições que apostam na ferramenta tecnológica como diferencial educativo. Essa realidade já é tão visível, que o Ministério da Educação (MEC) vai distribuir tablets – computadores pessoais portáteis do tipo prancheta, da espessura de um livro – a escolas públicas a partir do próximo ano. A informação, que foi divulgada no início do mês passado pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, durante palestra a editores de livros escolares, na 15ª Bienal do Livro, tem como objetivo, segundo o ministro, universalizar o acesso dos alunos à tecnologia.

De acordo com Eduardo Freire, professor e coordenador dos cursos superiores de informática do Instituto Federal Fluminense (IFF), o tablet nada mais é do que um computador portátil, que, por apresentar algumas características, diferenciam dos notebooks. "Os tablets são mais leves, consomem menos energia, são mais fáceis de serem usados, principalmente para a leitura, por proporcionarem um conforto maior, e permitem a navegação na internet. Só por essas quatro características, ele, ao meu ver, já pode ser utilizado na educação como uma ferramenta para auxiliar no processo de aprendizagem", opina o educador, ressaltando que, ao contrário do que muitos pensam, a tecnologia não pode ser vista como uma salvação da educação. "É preciso que haja o uso correto desses objetos. Para isso, o professor tem de estar apto a ensinar", ressalta. "Mas acredito que essa novidade irá ser bem aceita por eles, mas não irá substituir alguns itens tradicionais, como por exemplo, os livros e cadernos", alerta.

Assim como outras ferramentas, o tablet parece ser um promissor advento no processo educacional. Agora, cabe às autoridades investir também em treinamento e capacitação para os profissionais que irão monitorar os alunos, para que o advento seja utilizado como mais um meio de aprendizagem.



Redação
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