A máscara é, possivelmente, o mais simbólico elemento de linguagem cênica através de toda história do teatro. Para a psicologia, a sua história milenar, hoje, representa muito mais do que apenas uma fantasia, é uma verdadeira forma de personalidade. Pelo menos, é o que afirma a psicóloga Tânia Maria Vieira, que relata ao Mania de Saúde o verdadeiro papel das máscaras e a sua utilização nas esferas social e artística.
Segundo ela, a máscara se faz presente na história da humanidade, seja como objeto ritualístico, elemento cênico ou adereço carnavalesco, ajudando-nos a encontrar caminhos. "O teatro criou uma vasta galeria de personagens: herói generoso, linda donzela, esposa incansável, marido ciumento, velho rabugento, altruísta, entre outros. Ainda hoje continuamos a nos mascarar nos bailes da vida! O fato de nem sempre podermos nos mostrar como realmente somos, manifestando nossos sentimentos e emoções, torna o uso da máscara, ou persona, comum para a nossa convivência", explica a profissional, ressaltando que, para o psiquiatra e estudioso da mente humana Jung, a palavra máscara tem o mesmo sentido de fachada aparente do indivíduo, que facilita a comunicação com o mundo externo.
"O objetivo principal é de ser aceito pelo grupo social a que pertence. Considerada uma ferramenta de adaptação, um recurso de defesa psíquica, o qual serve para nos mascarar em nosso dia a dia", ressalta.
É importante, ainda de acordo com a Tânia, que fique clara a distinção entre o papel das máscaras para o ator, para o sujeito comum, para o sujeito que utiliza as máscaras em rituais e para o sujeito em processo terapêutico. "Por de trás de cada máscara está um ‘eu’, que julga não poder ser quem é quando está com outro alguém. Na psicologia, chamamos de "mecanismos de defesa", que não são nada menos do que essas máscaras", enfatiza.
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